VIDA URBANA
Motociclistas têm que modificar forma de transportar gás de cozinha
Motociclistas terão prazo para se adequar, pois agora devem usar reboques ou sidecar.
Publicado em 01/09/2011 às 6:30
Da Redação
Os motociclistas que trabalham transportando botijões de gás de cozinha receberão no próximo dia 19 um prazo para se ajustarem à Resolução 356 do Conselho Nacional do Trânsito (Contran). Ela determina que o transporte desses produtos só pode ocorrer sobre reboques ou sidecar, dispositivo de um pneu que é preso à moto e resulta num veículo de três rodas.
A decisão foi tomada na quarta-feira (31) durante uma audiência realizada no Ministério Público da Paraíba e com a presença de representantes do Corpo de Bombeiros, do Procon Estadual, do Detran e dos sindicatos dos revendedores e dos distribuidores de gás GLP.
Donos de postos de revenda de gás também participaram do encontro e explicaram as dificuldades de cumprir a Resolução. Eles alegaram falta de condições financeiras para comprar os aparatos, já que os reboques chegam a custar R$ 3.600 e a péssima infraestrutura das ruas, que, em determinados pontos, só permitem a circulação das motos. Os revendedores também reivindicaram concessão de empréstimos e prazo maior para aquisição dos equipamentos.
O promotor do Consumidor, Glauberto Bezerra, explicou que a resolução do Contran busca evitar acidentes “Transportar botijões de gás sobre motos gera um risco à população e ao próprio condutor. Qualquer colisão com essa moto pode resultar numa explosão”, destacou.
O presidente do Sindicato dos Revendedores de Gás, Marcos Bezerra, ressaltou a importância dos equipamentos. “Esses são cuidados mínimos com segurança que devemos ter no transporte de botijões de gás e água mineral”, destacou.
A resolução foi criada em agosto do ano passado, mas só entrou em vigor no último dia 2. Apesar do Contran estabelecer o prazo de um ano para os motociclistas se adaptarem, o promotor admitiu a possibilidade de conceder mais um novo período para adequação. O motivo é que os revendedores disseram que, na Paraíba, não há fabricante de reboque ou de sidecar e os pedidos demoram para serem entregues.
“Estamos adotando o princípio da razoabilidade. Vamos enviar ofícios para as fabricantes e solicitar informações sobre a quantidade de produção e de comercialização. Com base nesses dados, iremos definir mais um prazo para que os revendedores possam se adaptar à resolução”, explicou Glauberto.
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