VIDA URBANA
Motoristas alternativos fazem protesto
Movimento foi organizado pela Cooperativa dos Transportes Alternativos; motoristas afirmam que estão sendo perseguidos pela STTP.
Publicado em 08/05/2013 às 6:00 | Atualizado em 13/04/2023 às 15:03
Na manhã de ontem, centenas de motoristas alternativos realizaram um movimento pelas ruas de Campina Grande, em protesto a uma campanha de combate ao transporte ilegal de passageiros na cidade, promovida pela prefeitura municipal. Os motoristas afirmam que estão sendo perseguidos e pedem a abertura de novas vagas para taxistas, mototaxistas e regularização dos transportes alternativos.
De acordo com o diretor da Cooperativa dos Transportes Alternativos (Cootranspat), Carlos Lima, os motoristas alternativos do município de Campina Grande estão sendo vítimas de uma perseguição da Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos (STTP), que estaria, de forma abusiva, punindo os motoristas alternativos, por serem considerados ilegais.
Segundo o diretor da Cootranspat, os membros da cooperativa estão trabalhando de maneira irregular, pois o prefeito não cumpriu uma promessa que foi feita. “Na época da campanha, nas últimas eleições, o prefeito nos procurou pedindo nosso apoio e afirmou que iria resolver os nossos problemas. Ele disse que se ganhasse só iria precisar de um papel e uma caneta. Mas o que estamos vendo é uma perseguição covarde”, disse ele.
De acordo com o diretor da cooperativa, existem 488 taxistas regularizados, em Campina Grande, e o número de habitantes da cidade permite que novas vagas sejam criadas. “Não queremos trabalhar de forma irregular, mas esta é a nossa única alternativa, já que não nos dão oportunidade. Queremos a abertura de mil vagas para mototaxistas e taxistas. É possível, basta o prefeito querer e cumprir as promessas que nos fez”, ressaltou Carlos Lima.
Conforme o coordenador da Comissão de Trânsito da
Cootranspat, Gilson Cavalcante, a STTP está fabricando multas. “Os agentes da STTP estão multando os carros até mesmo nas garagens. Sem ao menos sair de casa estamos sendo multados, isso é um absurdo”, disse ele.
O superintendente da STTP, Vicente Rocha, repudiou as acusações feitas contra o órgão e disse tratar-se de acusações caluniosas. “A STTP está apenas cumprindo a determinação judicial e fiscalizando os transportes alternativos clandestinos que são ilegais perante o Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Todas as autuações foram confeccionadas pelos agentes que trabalham nas ruas, fazendo a fiscalização. Os motoristas que estão acusando a STTP de fabricar deverão provar".
O movimento organizado pela Cooperativa dos Transportes Alternativos (Cootranspat) começou por volta das 8h, na rua Iremar Vilarim Meira, no bairro do Catolé, e seguiu até o gabinete do prefeito Romero Rodrigues, localizada na avenida Rio Branco, no Centro.
Centenas de motoristas utilizaram carros e motos com adesivos de campanha utilizados pelo prefeito, durante as eleições. O protesto provocou longos engarrafamentos ao longo de toda a área central da cidade e o trânsito ficou parado por quase duas horas.
Prefeito vai se reunir com os alternativos. Após o protesto, o prefeito Romero Rodrigues, através do coordenador de Articulação Política da Prefeitura Municipal de Campina Grande, Gilbran Asfora, confirmou que vai se reunir no dia 16 de maio, com representantes dos transportes alternativos do município, para tratar do assunto. Gilbran ressaltou que o prefeito é sensível aos apelos e reivindicações dos representantes do transporte alternativo. “O prefeito sabe que existem pais de família buscando se manter na atividade para garantir o sustento de suas casas. Entretanto, é necessário ver o outro lado da moeda, onde estão os representantes do transporte coletivo urbano, os taxistas e os mototaxistas regulares”, declarou, acrescentando que “o prefeito Romero e o procurador do município buscarão uma alternativa viável para o caso”.
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