Mototáxi pede reajuste de 20% em CG e viagens podem chegar a R$ 7

Nos próximos dias quem utiliza os serviços de mototáxi e táxi em Campina Grande terá uma surpresa desagradável. Os dois serviços sofrerão reajustes neste final de ano. No caso dos mototáxis, a categoria reivindica um aumento de 20%, ou seja, saindo de R$ 5,00 para R$ 6,00 nas corridas realizadas durante o dia e de R$ 6,00 para R$ 7,00 nas viagens feitas a partir das 18 h, nos finais de semana e feriados.

A maioria da categoria já está cobrando a nova tarifa mesmo sem a autorização da Superintendência de Trânsito Transporte Públicos de Campina Grande (STTP). Os mototaxistas alegam que o Conselho Municipal de Transportes já aprovou a nova tarifa há um mês, mas o prefeito ainda não se pronunciou sobre o assunto.

De acordo com o Sindicato dos Mototaxistas, a categoria não tinha reajuste há três anos e as sucessivas altas nos preços dos combustíveis motivaram a solicitar o aumento na tarifa. Eles também reclamam do crescimento de clandestinos na cidade, que prejudica o trabalho dos credenciados. “Mesmo sabendo que poderemos perder clientes, temos que reajustar, porque não dá para rodar com essa tarifa”, disse Isaque Noronha, presidente do sindicato, reconhecendo que alguns mototaxistas registrados estão praticando preços abusivos, chegando a cobrar até R$ 10 por viagem, e culpa a STTP por falta de fiscalização.

Já os taxistas não cogitam reajustar os valores das tarifas tão cedo. Com o atual momento de crise a categoria amarga redução de passageiros e acredita que se houver um reajuste poderão perder ainda mais clientes, por isso preferiram arcar com os prejuízos provocados pelo aumento do preço dos combustíveis. Mas no mês de dezembro a categoria vai circular apenas com bandeira 2 (tarifa maior), para garantir uma espécie de “décimo terceiro” dos profissionais.

O QUE DIZ A STTP

Conforme informações do superintendente da STTP, Félix Araújo Neto, o pedido dos mototaxistas foi encaminhado à procuradoria do município para elaboração de um parecer jurídico, que será enviado para análise por parte do prefeito. Ainda não há prazo definido para a decisão. Com relação à falta de fiscalização, ele disse que precisa do apoio de outros órgãos como Detran, Polícia Civil, CPTran e Polícia Militar, para o combate aos clandestinos.