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VIDA URBANA

MP quer mais leitos para tratar dependentes

PMCG deve efetivar leitos para tratamento de crianças e adolescentes viciados em drogas que vivem nas ruas.

Publicado em 03/09/2014 às 6:00 | Atualizado em 11/03/2024 às 15:50

A Prefeitura Municipal de Campina Grande (PMCG) deve efetivar leitos para tratamento de crianças e adolescentes viciados em drogas que vivem nas ruas. A solicitação foi feita pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB), através da Promotoria da Infância e Juventude de Campina Grande, e divulgada ontem pelo promotor Herbert Targino, durante evento promovido pelo projeto Ruanda, que assiste 48 crianças e adolescentes que vivem nas ruas da cidade, 12 delas usuárias de entorpecentes como crack, tíner e maconha. A atividade aconteceu na Vila do Artesão, no bairro São José.

Para o promotor Herbert Targino, é responsabilidade da Prefeitura, retirar estas crianças das ruas e encaminhá-las para projetos de assistência social, após passarem por assistência médica e tratamento de desintoxicação. “O projeto Ruanda por si só é um projeto de sensibilização, mas não tem a retaguarda eficiente para que possa ser eficaz. Muitas destas crianças não têm vínculo nenhum, moral, familiar, afetivo ou religioso. São meninos e meninas de 13, 14 anos, que lideram outras e ocupam áreas como o Terminal de Integração, a praça Clementino Procópio, em frente aos Correios, muitas vezes praticando atos infracionais e envolvidos com drogas”, enfatizou.

Segundo Herbert, uma alternativa para o que ele chama de resgate destes jovens em situação de vulnerabilidade seria encaminhá-los para um centro de tratamento 24 horas, que poderia funcionar no Hospital Municipal Dr. Edgley. “Este centro poderia funcionar no Dr. Edgley. Lá o MP determinou sob termo de ajustamento de conduta, firmado na gestão passada, a permanência de seis leitos para tratamento antidrogas e eles poderiam ser usados para assistência a estes jovens. Estes leitos estão vagos. A secretaria poderia levar estes jovens até lá. Eu me pergunto, a Prefeitura não tem condições de tirar 48 crianças da rua?”, questionou.

O coordenador do projeto Ruanda, Francisco Miguel, esclareceu que através do trabalho de busca ativa realizado pelo projeto, que faz parte da Secretaria de Assistência Social (Semas), estes jovens são identificados e acompanhados, com o objetivo justamente de serem retirados das ruas e encaminhados para órgãos e entidades de assistência, além de voltar para a escola.

“Após a busca ativa, é feita a ‘grupalização’ destas crianças e adolescentes, para extrairmos informações sociais. Eles até têm casa, mas passam três, quatro dias nas ruas. Em seguida realizamos visitas institucionais e domiciliares para averiguar se estão estudando e como são as condições familiares. A próxima etapa é traçar o diagnóstico e fazer encaminhamento para órgãos como Centro de Referência da Assistência Social (Cras), Centro de Atenção Psicossocial (Caps), Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, para receberem todo acompanhamento necessário. Já conseguimos retirar três crianças das ruas, com estas ações”, detalhou Francisco Miguel.

Ainda segundo o coordenador do projeto Ruanda, muitas crianças não têm pais e são criadas por outros parentes que as negligenciam ou os pais estão presos, ou os próprios genitores usam os menores para praticar mendicância, quando estes não se tornam reféns de traficantes e precisam pedir dinheiro ou até mesmo roubar, para pagar pelas drogas. “Estamos tentando humanizar este trabalho e a prefeitura disponibiliza várias ações. Nosso foco é mudar as famílias para poder sensibilizar as crianças ao retorno familiar. É muito difícil porque o apelo das ruas é muito forte, eles conseguem tudo que querem nas ruas, seja droga, comida ou dinheiro. Tem criança que fatura mais de R$ 100 por dia. Por isso digo que a esmola é uma chaga que fomenta o tráfico de drogas e uma criança drogada fica mais arredia, mais perigosa”, destacou.

O QUE DIZ A SECRETARIA DE SAÚDE

Sobre a ativação dos leitos de saúde mental voltados à desintoxicação, de acordo com divulgação da assessoria de imprensa, a Secretaria Municipal de Saúde esclareceu que os leitos de saúde mental que estavam funcionando na gestão passada no Hospital Municipal Dr. Edgley foram transferidos para o HUAC porque precisavam de adequação.

Ainda conforme a divulgação, a adequação do espaço está sendo concluída e os 21 leitos que estavam funcionando no HU serão transferidos novamente para o Dr. Edgley até a próxima sexta-feira. Este novo espaço poderá eventualmente atender crianças e adolescentes que vivem nas ruas, desde que eles estejam em surto psicótico ou em overdose. Após o tratamento clínico, poderão ser encaminhados para as entidades assistenciais, para continuar o acompanhamento psicossocial.

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Jornal da Paraíba

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