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VIDA URBANA

MP vai apurar mortes no Isea

Instituição já contabiliza 44 mortes de recém-nascidos somente este ano; denúncias foram encaminhadas ao MPPB.

Publicado em 10/04/2014 às 6:00 | Atualizado em 16/01/2024 às 17:46

Somente neste ano, 44 recém-nascidos morreram no Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea), em Campina Grande. O número é considerado alarmante pela Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, que encaminhou denúncia ao Ministério Público da Paraíba (MPPB) solicitando a apuração dos casos.

Conforme o material enviado ao MPPB, em apenas uma semana ocorreram oito mortes na unidade. Os números apresentados pela direção da maternidade indicam que neste ano já foram contabilizados onze óbitos a mais que no primeiro trimestre do ano passado, quando foram registradas 33 mortes.

Mesmo com o aumento, a direção da unidade considera que o número está dentro da média histórica e atribui o problema à má qualidade do acompanhamento pré-natal. Já o Ministério Público cobra a melhoria dos serviços e a redução das mortes.

O assunto foi discutido ontem, durante reunião realizada na sede do órgão em Campina Grande.

Segundo o promotor da Infância e Juventude, Herbert Targino, além da denúncia feita pela Ouvidoria de Diretos Humanos, o MPPB também recebeu denúncias do Conselho Tutelar, solicitando a apuração do número elevado de mortes. “Não se justifica que após um decréscimo entre 2012 e 2013 nós tenhamos um aumento de 2013 para 2014. O sistema tem que reconhecer que está havendo falha. Se a falha não ocorre no Isea, ela está sendo em outro local e precisa ser resolvida”, afirmou.

Já a diretora do Isea, Marta Albuquerque, disse que o número de mortes é justificável, já que 70% dos casos são de bebês com menos de sete dias, que já nascem com complicações e acabam não resistindo. “O Isea recebe os pacientes de alto risco de boa parte do Estado e nós recebemos muitos pacientes com complicações. Temos um índice de prematuridade muito grande, então, se formos analisar, são muitos óbitos justificáveis pela gravidade dos casos”, justificou.

A diretora confirmou a denúncia de que em uma semana do mês de março ocorreram oito mortes no Isea, mas disse que foram casos de bebês com má-formação ou prematuros. “É uma situação que demonstra a qualidade do pré-natal realizado em nosso Estado, que ainda precisa melhorar muito”, pontuou.

Após a reunião, o promotor informou que o MPPB vai investigar as causas das mortes e cobrar melhorias no atendimento do Isea. Para ele também é importante melhorar o atendimento na rede básica de saúde, que deve investir na qualidade do pré-natal. “É necessário que as unidades de saúde façam busca ativa nas comunidades, acompanhando as gestantes, o pré-natal e pós-parto de perto, ao invés de ficar esperando que as pessoas busquem atendimento”, salientou.

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Jornal da Paraíba

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