VIDA URBANA
MPPB denuncia suspeito de matar namorada em acidente
Se a denúncia for acolhida, João Arthur Canuto, vai responder por homicídio qualificado, fraude processual e uso de documento falso.
Publicado em 02/09/2015 às 7:46
Menos de 6 meses após a morte da estudante Nayara Ellen Dias do Nascimento, em um acidente de moto no viaduto Elpídio de Almeida, em Campina Grande, o Ministério Público da Paraíba (MPPB), através da Promotoria do 1º Tribunal do Júri de CG, denunciou o jovem João Arthur Canuto Alves, alegando que foi ele o responsável pela morte da adolescente, que tinha 17 anos. Se a denúncia for acolhida, ele deve responder por homicídio qualificado, fraude processual e uso de documento falso, já que apresentou carteira de habilitação falsa.
Além de apresentar a denúncia, o promotor Marcus Antonius da Silva Leite também solicitou a prisão preventiva do acusado, até então preso temporariamente, salientando que após o crime, ocorrido no dia 7 de março, ele chegou a ameaçar a família da jovem. Segundo o promotor, as investigações apontaram que Arthur colidiu, de forma livre e consciente, na moto conduzida por Nayara, após uma discussão entre os dois, que antes do crime bebiam com um casal de amigos em um bar da cidade.
Foi depois dessa discussão, segundo o MPPB, que Nayara saiu pilotando a moto, de propriedade do acusado, e foi perseguida por ele, que estava de carro, que foi localizado e identificado pela polícia. Ainda conforme a denúncia, depois de bater na moto de Nayara, que acabou colidindo em um ônibus, Arthur contou com a ajuda do irmão e de um amigo não identificado para retirar o carro e a moto do local do acidente.
“O denunciado, agindo desta maneira, assumiu de forma livre e consciente o risco de produzir a morte de Nayara Ellen”, pontuou o promotor, ao lembrar que, segundo depoimentos, Nayara era constantemente ameaçada pelo namorado, que demonstrava comportamento agressivo e destemperado.
Por fim, o promotor também pede que a Delegacia de Acidentes de Trânsito instaure procedimento contra o irmão de Arthur, que teria cometido o crime de fraude processual ao ajudar o acusado.
A reportagem do JORNAL DA PARAÍBA não conseguiu localizar a defesa do acusado para falar sobre a denúncia.
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