VIDA URBANA
MPPB encontra irregularidades no Hospital Napoleão Laureano
Além de problemas estruturais, foram identificados escassez de plantonistas e medicamentos vencidos.
Publicado em 24/03/2011 às 17:28
Da Redação
Com MPPB
Em reinspeção no Hospital NapoleãoLaureano na manhã desta quinta-feira (24), a Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde da Capital encontrou diversos problemas estruturais no local. Entre eles, infiltrações, torneira com vazamento, problemas de ventilação, tomadas soltas e fios elétricos expostos e lixeiras sem tampa distribuídas em diversos setores.
A equipe de fiscalização também se deparou com a carência de profissionais de Enfermagem, o que já havia sido identificado na inspeção realizada no último dia 26 de agosto. Além disso, o posto da Centra de Enfermagem não possui climatização. “O Conselho Regional de Enfermagem disse que o setor de quimioterapia continua sendo administrado por um técnico de enfermagem e não por um enfermeiro e que ainda é insuficiente o número de profissionais desta área no hospital, sobretudo na UTI (unidade de terapia intensiva)”, disse o promotor de Justiça João Geraldo Barbosa.
O Conselho Regional de Medicina também constatou que o hospital só dispunha de um médico plantonista para atender as urgências durante o período diurno e que esse profissional também era responsável pelos atendimentos nas enfermarias. A inspeção teve o apoio de uma equipe multiprofissional formada por representantes de conselhos regionais dos profissionais de saúde e Corpo de Bombeiros.
Medicamento vencido
O Conselho Regional de Farmácia (CRF) também constatou que a certidão de regularidade do hospital está vencida desde 2006, embora a farmacêutica responsável pelo serviço tenha solicitado à direção da unidade a renovação do documento.
A unidade transfusional do hospital também não está registrada no CRF e na farmácia do centro cirúrgico foi encontrado o medicamento Etomidato (anestésico) com validade vencida desde novembro do ano passado.
Demanda reprimida
Segundo o representante do MPPB, a direção do hospital também informou que o número de atendimentos de radioterapia autorizados pelo SUS é insuficiente. “Só existe autorização para 3,2 mil aplicações do acelerador linear, sendo que a demanda atual é de 5 mil atendimentos, o que levou o hospital a solicitar junto à Secretaria Municipal de Saúde autorização para incrementar mais 3 mil aplicações”, explicou Barbosa. A equipe de inspeção também encontrou o setor onde deveria funcionar a unidade de regulação da Secretaria Municipal de Saúde desativado.
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