VIDA URBANA
MPPB intensifica fiscalização em matadouros clandestinos
A partir do mês de março será realizada uma forte fiscalização para coibir o abate clandestino de animais.
Publicado em 11/02/2015 às 7:28 | Atualizado em 22/02/2024 às 17:54
A partir do mês de março será realizada uma forte fiscalização para coibir o abate clandestino de animais, em Campina Grande. A exigência partiu do Ministério da Agricultura e será realizada em conjunto com o Ministério Público da Paraíba (MPPB) e demais órgãos de fiscalização sanitária, como a Gerência de Vigilância Sanitária (Gevisa) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A medida, dentre outras ações, foi deliberada em uma reunião que aconteceu na tarde de ontem, na sede do MPPB, em Campina, onde foram debatidos os riscos do consumo e manuseio de carnes clandestinas.
Segundo o promotor de defesa dos direitos do consumidor, José Leonardo Clementino, em Campina Grande há apenas um matadouro regularizado e autorizado pelo poder público. O promotor estima que aproximadamente existam 10 lugares que realizam o abate de animais de forma ilegal na cidade de Campina Grande. “Nós fomos procurados pelo Ministério da Agricultura, com a proposta de intensificar o trabalho de fiscalização em matadouros da cidade de forma mais direta e específica”, relatou.
O promotor informou ainda que desde 2009 há uma decisão judicial que determina a interdição dos matadouros clandestinos, com a consequente apreensão e destruição da carne que for encontrada nesses locais. “Além da fiscalização no local de abate, vamos fiscalizar também o transporte da carne e o local onde o produto é comercializado, como feiras públicas, supermercados e até bares e restaurantes”, enfatizou o promotor.
O proprietário do único matadouro legal de Campina Grande, Sebastião Alexandrino de Melo Júnior, esteve presente na reunião e se disse prejudicado com a existência de lugares que realizam o trabalho na clandestinidade. “A gente passa por dificuldades, porque é difícil concorrer com os preços praticados no mercado clandestino, nossos funcionários são todos registrados e trabalhamos dentro das normas estabelecidas pelo serviço de inspeção sanitária municipal.”
Sebastião relata que há cerca de 3 anos, quando regularizou o matadouro, chegava a abater cerca de 400 animais por semana, número que hoje não passa de 200 bovinos. Ele espera que, com a fiscalização contundente por parte dos órgãos públicos engajados, haja uma melhora nesse quadro de clandestinidade.“É muito mais barato abater o animal de forma ilegal, sem as condições higiênicas necessárias e de pessoal suficiente”, frisou, complementando que, no entanto, é uma prática maléfica tanto para a economia, quanto para a saúde do consumidor final, que compra a carne sem procedimento de abate e sem higiene.
O Ministério da Agricultura alerta para do consumo de carne sem fiscalização. De acordo com o órgão, o risco maior é alimentar, que pode levar à morte. Mas existem outras doenças que são transmitidas dos animais aos seres humanos, causando uma série de problemas. Por isso, é importante que o consumidor adquira produtos bem embalados, refrigerados e, principalmente, com o selo de qualidade do serviço de inspeção.
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