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VIDA URBANA

MS revela que doenças cardíacas e câncer lideram mortes na Paraíba

Diabetes, doenças respiratórias e do aparelho digestivo também provocam a morte de milhares de paraibanos todos os anos.

Publicado em 22/05/2011 às 8:38

João Paulo Medeiros
Do Jornal da Paraíba


Em média, mais de 22 mil pessoas morrem na Paraíba todos os anos, vítimas das mais diversas doenças e por fatores variados. São complicações que muitas vezes precisam de tratamento específico e que acabam em alguns casos provocando a morte precoce dos paraibanos. Mas, no ranking das causas de óbitos, os vários tipos de câncer e problemas cardiovasculares lideram estatísticas. Diabetes, doenças respiratórias e do aparelho digestivo também provocam a morte de milhares de paraibanos todos os anos.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, referentes ao ano de 2009 – último ano em que os dados estão disponíveis, os problemas de câncer mataram 2.986 pessoas no Estado; e as doenças cardiovasculares foram responsáveis pela morte de 7.269 paraibanos. Nesse mesmo período, conforme as tabelas do Ministério da Saúde, 2.092 pessoas faleceram vítimas de diabetes, 1.831 por complicações respiratórias e 1.087 atingidas por problemas no aparelho digestivo.

No ano de 2009 foram computados 23.671 óbitos no Estado, sendo 2.712 motivadas por ‘causas externas’, como assassinatos e atropelamentos. Esses casos vão esbarrar nos Núcleos de Medicina Legal (Numol) que funcionam nas cidades de João Pessoa, Campina Grande, Patos e Guarabira. Apenas na região da capital paraibana, a Gerência de Medicina e Odontologia Legal recebe por dia uma média de 5,2 corpos de pessoas assassinadas, conforme dados da Associação de Servidores da Polícia Científica da Paraíba (Aspocep).

Em Campina Grande, a realidade não é diferente, mas funcionários dizem sentir dificuldades em atender toda a demanda. “Aqui a correria é grande. É muita gente para nós atendermos e nem sempre a estrutura é boa”, comentou um funcionário do Numol de Campina Grande, que recebe todos os dias corpos das regiões do Agreste, Cariri, Curimataú e até do Sertão do Estado, quando faltam vagas na unidade de Patos. O imóvel onde funciona o órgão, inclusive, no bairro de Bodocongó, já foi interditado pela Defesa Civil há mais de um ano, mas ainda continua funcionando no mesmo local.

“A coisa mais difícil é nessas horas, que a gente precisa encarar a perda de um familiar ou de um conhecido. Não é fácil. Mas, a gente tem de ir em frente. Minha mãe passou mais de um mês internada, fazendo tratamento médico. Fiz o que pude, mas ela acabou não resistindo. Hoje depois que ela morreu só ficaram os ensinamentos e o sentimento de que isso ocorre com todo mundo, não há saída”, relatou o mototaxista Gedeão Oliveira, que no ano passado perdeu a mãe de 81 anos, vítima de complicações causadas por uma diabetes.

Em alguns casos, porém, as mortes acontecem por deficiências no setor público de saúde, como no caso da menina Mayana Beatriz Silva, de apenas um ano, que morreu no fim do ano passado depois de engolir um grão de feijão e de não receber atendimento médico no Hospital Regional Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande, por ausência de médicos anestesiologistas de plantão na unidade. Na semana passada, a Polícia Civil concluiu que houve negligência por parte da direção do hospital e indiciou um dos ex-diretores, por homicídio culposo.

Mesmo depois de meses, a mãe dela, a estudante Mayara Rafaela, que reside no bairro de Nova Brasília, não esquece a filha. “Nessas situações a gente jamais esquece. A dor é muito grande, porque a gente percorreu praticamente todos os hospitais e não encontramos um médico para fazer a cirurgia e retirar o feijão de minha filha. Ela morreu nos meus braços”, relembrou a jovem emocionada.

Como a saúde pública no Brasil é municipalizada, a maior parte dos recursos públicos aplicados no setor é transferida diretamente do governo federal para os municípios. Para o enfrentamento dos problemas de saúde e, por consequência, evitar mortes precoces, como no caso de Mayana Beatriz, o Ministério da Saúde tem ampliado os investimentos na área. Foram R$ 920,2 milhões repassados para as cidades paraibanas em 2010, mais de R$ 774 milhões no ano anterior e R$ 701 milhões em 2008, uma curva ascendente.

Na Paraíba, a Secretaria de Saúde do Estado está participando de plenárias do Orçamento Democrático, com o objetivo de recolher propostas e ouvir relatos dos moradores de todas as regiões paraibanas. O secretário de saúde, Waldson de Souza, já anunciou a criação de uma rede de serviços hospitalares formada por 76 hospitais; além do início do funcionamento do Novo Hospital de Trauma de Campina.

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Jornal da Paraíba

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