VIDA URBANA
MST bloqueia 11 trechos de rodovias federais e estaduais na PB
Objetivo da ação é pressionar a realização da reforma agrária na Paraíba. Movimento planeja voltar a ocupar sedes do Banco do Brasil e Caixa Econômica ainda hoje.
Publicado em 11/03/2015 às 9:22
Onze trechos de vias federais e estaduais na Paraíba foram bloqueados ao longo da manhã desta quarta-feira (11) por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A informação é da Coordenação Estadual do Movimento, que ainda confirmou uma reunião marcada às 10h de hoje com o governador Ricardo Coutinho para tratar das pautas de protestos realizados nos últimos dias.
Segundo o articulador político do movimento, Augusto Belarmino, os pontos onde estão ocorrendo manifestações estão localizados na “divisa da Paraíba com Pernambuco, na BR-101; em seis partes da BR-230 – na comunidade de Café do Vento (no município de Sobrado), em São José da Mata (distrito de Campina Grande), na entrada de Taperoá, em Patos, em Sousa e em Condado –; na BR-104, no trecho que liga Caruaru ao Curimataú, em Queimadas e em Remígio; na BR-361, no trecho que liga Patos ao Vale do Piancó; e na BR-412, em Monteiro”.
De acordo com a PRF, as rodovias começaram a ser liberadas após cinco horas de protesto, por volta das 12h30.
Conforme Belarmino, o objetivo dos manifestantes é mostrar para o Governo o descontentamento do MST com a atual produção transgênica e pressionar a realização da reforma agrária na Paraíba. “Achamos que essa seria uma das saídas para a crise”, comentou, acrescentando ainda que estão previstas novas ocupações na agência da Caixa Econômica Federal da avenida Epitácio Pessoa e na sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em João Pessoa.
“Começamos nossas ações no dia 9 com as mulheres do movimento ocupando uma usina de cana do Conde, depois seguimos para a Caixa com a finalidade de reivindicar a liberação de crédito pelo PNHR (Programa Nacional de Habitação Rural) e para o Incra, pautando a questão das áreas que poderiam ser desapropriadas, já que na Paraíba temos mais de 3 mil famílias acampadas”, relatou, frisando o caráter nacional dos protestos.
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