VIDA URBANA
Mulher morre 1 mês após parto e parentes reclamam
Família de Samara Vieira diz estação foi saudável e acusa a maternidade de não ter prestado atendimento adequado à paciente.
Publicado em 14/06/2014 às 6:00 | Atualizado em 30/01/2024 às 14:31
Quase um mês depois de dar à luz seu terceiro filho, a campinense Samara Vieira da Silva, 30 anos, morreu em virtude de possíveis complicações ocorridas durante o parto, realizado no dia 12 de maio, no Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea).
A família dela relata que a gestação foi saudável e acusa a maternidade de não ter prestado atendimento adequado à paciente, que aproveitou a cesariana para se submeter a uma laqueadura. Conforme relato da mãe de Samara, o parto e a laqueadura foram feitos por um médico residente. Já a direção do Isea informa que o caso será apurado pelo Comitê Municipal de Investigação de Mortalidade Materno-Infantil.
Segundo a mãe de Samara, Severina Vieira, a gestação foi saudável e o pré-natal feito no posto de saúde. “Ela conseguiu com uma amiga vaga para fazer a laqueadura no Isea, junto com o parto”, afirmou ela, ao explicar que desde a primeira vez que foi à maternidade até o parto Samara foi atendida pela mesma pessoa, que para a família se tratava de um médico, mas que, conforme própria direção do Isea é, na verdade, um residente.
A paciente recebeu alta na quinta-feira e continuou passando mal. Ela foi à maternidade na segunda, onde foi orientada a tomar medicamentos porque estava com coágulos na barriga.
No dia seguinte, retornou ao Isea passando mal e passou por uma cirurgia. Ao sair do centro cirúrgico, em estado grave, ela foi transferida com quadro de infecção para a UTI de outro hospital, onde morreu na última segunda-feira.
Inconformada com a morte da única filha, Severina disse que a família não recebeu nenhuma satisfação da maternidade sobre o que aconteceu para que o quadro chegasse a tamanha gravidade. “Desde que teve a filha ela só sentia dor e ninguém resolvia o problema dela, mandando tomar remédio e voltar para casa, dizendo que aquilo era normal”, disse.
Já a diretora do Isea, Marta Albuquerque, informou que, por se tratar de um óbito materno, o caso será apurado pelo Comitê Municipal. Sobre o fato de a cesariana e a laqueadura terem sido feitos por um médico residente, ela disse que não há nada de errado, já que esses profissionais só atuam na presença de plantonistas supervisores.
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