VIDA URBANA
Mulher morre com KPC no Edson Ramalho; este é o 2º caso do ano
Mulher de aproximadamente 67 anos morreu na noite do domingo (19) no Hospital Edson Ramalho infectada pela Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC), a superbactéria.
Publicado em 20/06/2011 às 10:25
Inaê Teles
Uma mulher de aproximadamente 67 anos morreu na noite do domingo (19) no Hospital Edson Ramalho, em João Pessoa, infectada pela Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC), a superbactéria. Esse é o segundo caso registrado nesse ano na Paraíba. O primeiro foi o do bebê de cinco meses que acabou morrendo no Hospital da Unimed no dia 7 de junho.
De acordo com o diretor técnico do hospital, coronel Agripino, a paciente estava internada há aproximadamente 20 dias. Outras cinco pessoas que tiveram contato com a mulher estão isoladas aguardando o resultado de um exame para verificar se elas foram contaminadas. “Hoje ou amanhã estaremos com o resultado dos exames”, ainda segundo o coronel os pacientes estão aparentemente bem.
O caso da mulher foi divulgado no último dia 9, depois que equipes do Ministério Público e do Conselho Regional de Medicina (CRM) fizeram um inspeção no hospital Edson Ramalho. A área em que a paciente ficou internada passará por um desinfecção para só depois ser liberada para os demais pacientes da unidade hospitalar. A gerente de Vigilância em Saúde, Júlia Vaz, disse que o hospital ainda não comunicou oficialmente o caso.
Na próxima quinta-feira (23), a direção do hospital deve receber o resultado de um exame que identifica se a mulher ainda estava contaminada pela superbactéria e se ela foi a causa da morte.
No ano passado foram notificados 34 casos da superbactéria com 25 mortes na Paraíba.
Bactéria
A KPC é um tipo de enzima que tem provocado resistência de algumas bactérias aos antibióticos mais usados. Ela atinge principalmente pessoas hospitalizadas com baixa imunidade, como pacientes de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A bactéria pode ser transmitida por meio do contato direto, como o toque, ou pelo uso de um objeto comum. A lavagem das mãos é uma das formas de impedir a disseminação da bactéria nos hospitais.
Morte de bebê
Uma criança de cinco meses morreu no hospital da Unimed em João Pessoa no último dia 7 com suspeitas da doença. A responsável pela Comissão de Combate à Infecção Hospitalar da Unimed, Helena Gemóglio, esclareceu que não houve infecção por KPC. Segundo ela, a bactéria estava na pele da criança e não no sangue, caracterizando apenas colonização.
Atualizada às 13h
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