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VIDA URBANA

Mulheres com polimastia podem resolver o problema com cirurgia

Problema é caracterizado pela presença de mamas em lugares não habituais do corpo, como axilas, por exemplo.

Publicado em 22/02/2015 às 13:01 | Atualizado em 21/02/2024 às 15:53

Símbolo da feminilidade, os seios têm o poder de aumentar a autoestima das mulheres, mas nem sempre é assim. Para quem tem polimastia, que é a presença de mamas em locais não habituais, como nas axilas, por exemplo, a estética fica comprometida e pode causar desconforto social. Contudo, é importante deixar claro que a polimastia, ou mamas acessórias, não tem relação com câncer de mama – os casos existentes são raríssimos. De uma forma geral, não necessita de tratamento, embora seja possível fazer cirurgia, o que vai devolver a autoestima às mulheres que têm o problema.

O diagnóstico pode ser feito por meio de exames clínicos ou físicos, conforme explicou a médica mastologista Lakymê Porto, chefe do setor de mastologia do Hospital Napoleão Laureano, referência no tratamento do câncer na Paraíba. “A presença da polimastia não predispõe câncer de mama. No entanto, como se trata de um tecido mamário, mesmo que ectópico, existem raros casos descritos na literatura de aparecimento de câncer nesse tecido”, afirmou. Embora seja mais frequente nas mulheres, os homens também podem apresentar a anomalia.

De acordo com a médica, a polimastia não produz sintomas, desde que não sejam muito volumosas – nesses casos a paciente pode sentir dores e desconforto. “A mulher mais atenta poderá detectar essa patologia no autoexame”, frisou. Apesar do incômodo visual que provoca, a polimastia não causa alterações hormonais, segundo Lakymê.

A polimastia vai surgir durante o desenvolvimento embrionário. “Nessa fase várias mamas se formam sobre a linha láctea, uma linha que se estende da axila até a virilha”, explicou a também mastologista Flávia Nogueira. Segundo ela, após certo tempo as mamas regridem, restando apenas na região torácica. É a falha nessa regressão que origina a mama supranumerária, conforme a médica.

De acordo com Flávia, durante o exame físico o médico percebe o aumento de volume, mais comum na região axilar. “A mama acessória pode se apresentar apenas como tecido mamário recoberto por pele, podendo ou não apresentar mamilo ou todo o complexo aréolo-mamilar”, declarou. O diagnóstico pode ser confirmado com os métodos de imagem, como ultrassonografia mamária e mamografia, esta para pacientes com mais de 40 anos.

O problema pode passar despercebido até a primeira gestação, quando, sob estímulos hormonais típicos desse período, o tecido mamário acessório sofre aumento, provocando desconforto. “Nas mamas acessórias completas, ou seja, naquelas com aréola e mamilo, pode haver saída de leite no período de lactação”, relatou a mastologista. O tratamento para a polimastia é cirúrgico, segundo informou Flávia, mas a indicação só é feita quando a paciente sente dores ou desconforto, embora o fator estético tem peso considerável. “Mamas axilares volumosas geram insatisfação das pacientes em relação à sua imagem corporal”, destacou a médica.

Mulheres podem apresentar outras alterações benignas

A polimastia não é a única alteração benigna que as mulheres podem ter. Quase metade delas têm as chamadas alterações funcionais benignas das mamas, problema que até 1994 era conhecido como displasia mamária, termo que caiu em desuso após orientação da Sociedade de Mastologia. Essas alterações são, na verdade, uma condição clínica caracterizada por dor mamária, que aparece no início da menacme (período fértil) e desaparece com a menopausa, conforme explicou a médica mastologista Lakymê Porto.

Essas alterações podem estar associadas a espessamento, descarga mamilar e microcistos mamários. “Como fator desencadeante temos os fatores hormonais que interagem com os emocionais e metabólicos agravantes”, frisou. O tratamento da patologia é variável, ou seja, o que é indicado para uma mulher pode não ser recomendado para outra. A grande maioria, inclusive, não necessita de tratamento algum, segundo afirmou a mastologista.

Em casos mais intensos de alterações, os médicos podem prescrever o uso de fármacos, tais como: ácido gama-linolênico, dopaminérgicos, tamoxifeno, danazol, diuréticos, analgésicos, anti-inflamatórios e vitaminas. “É importante lembrar que esse problema não tem nenhuma relação com o câncer de mama, e não predispõe para câncer. É algo inteiramente benigno, sem nenhum risco”, declarou Lakymê.

A médica Adriana Torres, por sua vez, lembrou que as alterações benignas da mama tendem a se intensificar no período pré-menstrual. “Mulheres no menacme, na segunda fase do ciclo, frequentemente se queixam de dor e, por vezes, apresentam nodularidade palpável. De fato, o estímulo sinérgico do estradiol e progesterona na unidade ductal lobular terminal leva à proliferação do epitélio e do estroma, produzindo nodularidade e dor na fase pré-menstrual”, explicou.

De acordo com a mastologista, no final da fase lútea, com a redução de níveis de estradiol e de progesterona, há regressão do epitélio lobular e do estroma intralobular, com melhora dos sintomas no início do fluxo menstrual”, frisou. Ela disse que o médico deve proceder, inicialmente, a avaliação das mamas e, no momento seguinte, fornecer à paciente informações sobre a fisiologia da mama e o risco real de câncer. “Em cerca de 80% dos casos, após uma adequada avaliação clínica e orientação verbal, o uso de medicação é desnecessária”, afirmou Adriana.

Nos casos de dor acentuada, com comprometimento da qualidade de vida e do desempenho das atividades diárias, o médico deve oferecer o tratamento medicamentoso, conforme lembrou a mastologista. O tratamento, portanto, visa a combater a dor que incomoda a paciente. As alterações benignas da mama, para alívio das mulheres, não têm relação com câncer de mama.

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Jornal da Paraíba

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