Mulheres recebem homenagem

A sessão da Câmara Municipal de Campina Grande foi especial para as mulheres na manhã de ontem. Foram homenageadas mulheres reconhecidas pela sociedade local, da cultura, política, saúde e educação. Durante o encontro, foi apresentada uma palestra sobre violência contra a mulher, constatando que, na Paraíba, foram registrados 157 assassinatos entre janeiro de 2012 e fevereiro deste ano.

A Câmara atendeu a um pedido do vereador Napoleão Macarajá (PCdoB), para a realização de uma sessão especial em celebração ao Dia Internacional da Mulher. Foram homenageadas 13 mulheres - Margarida Mota Rocha, Maysa Gadelha, Sílvia Almeida, Lourdes Ramalho, Glória Cunha Lima, Laudicéia Aguiar, Cozete Barbosa, Goretti Lima, Roberta Cunha Lima, Antonieta Rodrigues, Micheline Rodrigues Veiga, Marlene Alves e Francimar de Maria José Ramos - que representam a sociedade campinense em várias áreas e que são consideradas exemplos de força. Uma delas, a médica e primeira dama do município Micheline Rodrigues, contou que o momento foi de emoção.

“Como primeira-dama, a minha responsabilidade cresce perante a mulher campinense. A prefeitura irá lançar projetos de atenção à mulher, principalmente para as gestantes mais carentes”, informou. Para a única vereadora da Casa de Félix Araújo, Ivonete Ludgério, apesar das conquistas, as mulheres ainda sofrem muitos preconceitos.

“A mulher tem que lutar por seu espaço, e isso começa cedo, através da educação dos filhos, que devem aprender sobre igualdade de gêneros”, disse. De acordo com a professora Franciele Santos, que apresentou a palestra “Violência contra a Mulher- Rompendo barreiras através da Lei Maria da Penha”, as paraibanas ainda estão desinformadas com relação aos seus direitos.

“Além disso, existe uma deficiência de estrutura para proteger as mulheres que são violentadas. Os números não são pequenos. De acordo com o Centro da Mulher 8 de Março, foram assassinadas 157 mulheres de janeiro de 2012 a fevereiro deste ano. Foram estupradas 125 mulheres no mesmo período, e a Lei Maria da Penha não está sendo desempenhada de forma eficiente”, afirmou.