VIDA URBANA
Mulheres resistem em fazer o pré-natal
Resistência em fazer o pré-natal ou não seguir recomendações médicas são problemas que podem contibuir para o aumento da mortalidade.
Publicado em 22/01/2013 às 6:00
Para a coordenadora de Saúde da Mulher da SES, Fátima Morais, as estatísticas são reflexos de alguns problemas que ainda precisam ser solucionados no Estado. Entre eles, estão a resistência das mulheres em realizar exames de pré-natal e de seguir à risca as recomendações médicas.
“Além disso, as gestantes também enfrentam dificuldade em encontrar o serviço, em algumas regiões do Estado. Por isso, precisamos investir na qualificação das nossas 1.389 equipes do Programa de Saúde da Família (PSF) e realizar um trabalho de acompanhamento junto às gestantes, mostrando a essa mulher a importância de cuidar de si mesma e de seu filho”, conta.
Outro indicador que pode ser o motivo da mortalidade entre gestantes no Estado é a quantidade de maternidades. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esses estabelecimentos de saúde só estão presentes em 62 dos 223 municípios. Nos locais onde não há maternidade, a assistência básica é feita pelas unidades do Programa de Saúde da Família (PSF).
No entanto, esses serviços não têm condições de atender casos de maior complexidade. Por isso, as gestantes precisam se deslocar para outras cidades, sempre que precisam se submeter a exames mais complexos, consultar outros especialistas e para fazer o parto.
Para amenizar esse problema, desde o ano passado, a SES iniciou os trabalhos para implantar a Rede Cegonha na Paraíba.
Criada pelo governo federal, a iniciativa prevê uma série de serviços que buscam melhorar a assistência à saúde da gestante e das crianças menores de quatro anos.
Entre outras medidas previstas, as mulheres terão direito a fazer uma reserva prévia na maternidade. “Com isso, ela saberá, desde os primeiros meses da gestação, em qual instituição terá o filho e não ficará peregrinando de uma maternidade para outra, na hora de ter a criança, perdendo tempo e arriscada até a perder a vida”, destaca Fátima Morais.
Outra ação prevista pela Rede Cegonha é a construção de centros de partos normais e de casas que darão apoio às mães, enquanto os filhos estiverem internados.
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