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VIDA URBANA

Muriçocas invadem Manaíra

Insetos estão obrigando moradores a mudar hábitos; altas temperaturas e água parada favorecem presença dos mosquitos.

Publicado em 14/01/2014 às 6:00 | Atualizado em 20/06/2023 às 11:42

Moradores do bairro de Manaíra, em João Pessoa, reclamam que estão sofrendo com uma praga de muriçocas que está invadindo diariamente as residências desde o final de dezembro do ano passado. Até mesmo quem mora nas primeiras avenidas próximo à praia, que não sentia a presença dos insetos, está sofrendo com as picadas e incômodos.

Os insetos estão obrigando os moradores a mudar hábitos e até mesmo manter sempre em local de fácil acesso uma verdadeiro arsenal para combater os mosquitos, como inseticidas, repelentes e até raquete elétrica para matar mosquito.

A professora de Espanhol, Renata Rodrigues de Moura Bronzeado, que mora na Avenida Francisco Brandão, está preocupada com a invasão de muriçocas. Ela conta que desde o final do ano passado, adotou o hábito de fechar as janelas e portas de todos os quartos bem antes do entardecer.

“Geralmente, às 17h eu fecho todas as portas e janelas para evitar que as muriçocas entrem no apartamento, mas mesmo assim a gente encontra os insetos em todo lugar da casa”, relata. Ela conta que em outras épocas nunca sentia a presença do mosquito.

Como consequência das muriçocas, a professora precisa seguir novas rotinas. O uso de repelentes nas filhas Isabela e Amanda, de 10 e 8 anos respectivamente e a aplicação diária de inseticidas em todos os compartimentos do apartamento são atitudes obrigatórias para Renata. Quando por algum motivo deixa de adotar as medidas, as crianças sofrem com as picadas. Manchas vermelhas resultantes de picadas de muriçocas dominam o corpo das crianças. As muriçocas não largaram a pequena Amanda estava com o rosto marcado pelas manchas na semana passada.

Quando as muriçocas invadem o apartamento, sobrevivem aos inseticidas e não se afastam com o repelente, o último recurso é a raquete elétrica para matar mosquito. O equipamento está sempre na sala ou nos quartos pronto para ser usado.

A advogada Vitória Rabay, que também mora na Avenida Francisco Brandão, diz que a quantidade de muriçocas é preocupante. Ela que mora no bairro há mais de 5 anos conta que nunca havia visto tantos insetos tomarem conta do apartamento no início da noite. Ela conta que o filho de apenas 10 anos tem alergia a picadas de insetos e chegou a ficar com as pernas com feridas devido aos ataques das muriçocas. “Não são apenas quatro ou cinco muriçocas, são muitas. Elas aparecem em todos os lugares da casa. É uma verdadeira praga”, contou a advogada.

O professor de Informática e Robótica Educacional Petrônio Araújo, que mora na Avenida Cajazeiras, próximo a orla, explica que não são apenas as residências próximas ao rio Jaguaribe que estão sofrendo com os mosquitos.

“Moro desde 1979 em Manaíra, na época em que não tinha calçamento havia muriçoca por todo bairro, mas quando as ruas foram calçadas elas sumiram. Agora, elas voltaram e estão em casas a beira mar e até apartamentos de cobertura de prédios bem acima dos 18 andares”, declarou.

A preocupação com os mosquitos no bairro nobre da orla da capital paraibana já chegou as redes sociais. A professora Renata chegou a postar “parece bloco de carnaval, mas muriçoca é o assunto do bairro”.

Para o biólogo Ricardo Rosas as altas temperaturas registradas nesta época do ano e a presença de água parada são fatores que favorecem o aparecimento de muriçocas. Segundo Rosas, além das águas do rio Jaguaribe que corta o bairro São José, próximo a Manaíra, prédios em construção também armazenam água parada que permite a proliferação de mosquitos.

VIGILÂNCIA AMBIENTAL REALIZA AÇÃO PARA CONTROLAR MOSQUITOS

A Vigilância Ambiental e Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) iniciou ontem, das 8h às 17h, uma ação direcionada ao controle de mosquitos nos bairros São José e Manaíra. A intenção é aplicar inseticida em depósitos e ferros velhos, além de conscientizar a população sobre o controle de pragas.

De acordo com o gerente da Vigilância Ambiental, Nilton Guedes, o objetivo é conter a alta infestação de muriçocas que tem como criadouro principal o rio Jaguaribe, em virtude do controle biológico, como peixes, pássaros e outros predadores do mosquito. “Além das muriçocas, a ação também ajuda a combater o mosquito da dengue. Vamos aproveitar a oportunidade para mostrar à população a diferença dos mosquitos e tentar minimizar a quantidade de criadouros”, enfatiza.

Além da aplicação de inseticida de ação residual nas sucatas, borracharias, depósitos de ferros velhos e depósitos de materiais recicláveis, o inseticida espacial com equipamento costal motorizado também será realizado, assim como a visitação de todos os imóveis em construção para orientação e controle de pragas.

“Além de fatores como acúmulo de lixo e problemas de esgotamento, o aumento da temperatura estimula a atividade reprodutiva dos mosquitos. A população percebe a presença elevada de mosquitos visto que as fêmeas necessitam de sangue de mamíferos ou aves para o desenvolvimento dos ovos”, destacou Nilton Guedes.

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Jornal da Paraíba

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