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VIDA URBANA

Na Bica, a bicharada tem dieta balanceada

Cuidar da alimentação não é uma prática comum apenas aos humanos; os animais também precisam se alimentar de forma adequada.

Publicado em 29/07/2012 às 8:00


Cuidar da alimentação não é uma prática comum apenas aos humanos; os animais também precisam se alimentar de forma adequada, conforme as necessidades de cada espécie. No Parque Zoobotânico Arruda Câmara (Bica), em João Pessoa, os 570 “moradores” do local recebem uma dieta balanceada, cuidadosamente selecionada por profissionais capacitados como nutricionistas, biólogos, zootecnistas e veterinários que compõem a equipe de cuidadores do parque.

Helze Lins, bióloga e chefe de nutrição e manejo da Bica, explicou que a alimentação das mais de 130 espécies é planejada anualmente, numa planilha alimentar. Nela, constam todos os alimentos que serão utilizados ao longo do ano. Ração, frutas, carnes e presas vivas fazem parte do cardápio diário deles, de acordo com o necessário para cada espécie, sejam aves, répteis ou mamíferos.

Assim, como cada espécie tem um alimento específico, também existem os horários certos para a bicharada se fartar. “Há espécies que se alimentam em apenas um turno e outros que se alimentam nos dois, como os primatas, os jabutis e a anta. Cada um tem suas particularidades. Os felinos, por exemplo, que têm hábitos noturnos, só são alimentados no final da tarde. Os macacos, sem dúvida, são os maiores comilões”, frisou.

Para a bióloga, manter uma alimentação adequada e saudável é essencial para o bem-estar dos animais, principalmente por eles viverem no cativeiro. São, segundo ela, animais que sofreram maus tratos, foram retirados inadequadamente da natureza e não podem ser colocados de volta ao habitat natural, porque seriam presas fáceis para os predadores e não saberiam procurar alimento. “A alimentação é um ponto importante no cuidado com os animais, como são também os espaços, a limpeza dos ambientes e a prevenção de doenças”, evidenciou.

De acordo com o diretor do parque, Edilson Parra, neste ano foram destinados R$ 400 mil à compra de alimentos para os animais, por meio de licitações da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP).

Educação ambiental
Os cuidados com a alimentação dos animais não se restringem apenas à dieta balanceada. Entre os projetos de requalificação do parque, que recentemente passou por reformas e ganhou novos espaços, há uma equipe de monitores e profissionais que se revezam no trabalho de educação ambiental com os visitantes, por meio de vídeos, folhetos informativos e também do contato direto.

“O principal objetivo é orientar as pessoas que elas não ultrapassem as barreiras de proteção, não cutuquem os animais e não joguem comida para os bichos, porque pode prejudicá-los”, disse Helze.

Ela contou que os jacarés são os animais mais incomodados, pois os visitantes, muitas vezes, pensam que os bichos estão dormindo ou mortos e mexem com eles. Já os macacos são os mais vulneráveis quando o assunto é comida. “Eles aceitam tudo e já estão mal-acostumados – até estendem as mãos. Já flagramos pessoas oferecendo até mesmo bebidas alcoólicas a eles”, revelou.

Segundo a bióloga, esse tipo de conduta estressa os animais e pode provocar doenças. Mas, com o projeto de educação ambiental, a Bica já começa a sentir a diferença. “Para alcançar a mudança, deve-se começar pela educação. Desde que implantamos esse sistema já melhorou muito, e a tendência é melhorar ainda mais”, ressaltou.

Um bom exemplo veio de Ângela Kely, que levou os filhos para uma tarde de lazer no local. Para ela, a Bica é propícia ao aprendizado das crianças no cuidado com a natureza. “Mostro a eles, na prática, porque não devemos alimentar os animais inadequadamente, jogar lixo no parque, maltratar os bichos ou depredar o ambiente”, disse.

Os pequenos Lucas e Gabriel, de 3 e 2 anos, respectivamente, apesar da pouca idade já sabem por que não devem oferecer o salgadinho de que tanto gostam aos macacos. “Eles podem ficar doentes”, afirmaram, em uníssono.

DESDE 1921
A Bica foi criada em 1921 e continua sendo o único Parque Zoobotânico da Paraíba, em uma área protegida de 268 mil metros quadrados de Mata Atlântica. O local recebe, em média, 10 mil pessoas por mês. As visitas públicas são feitas de terça-feira a domingo, das 7h30 às 17h, com a bilheteria funcionando até as 16h.

No local, reproduzem-se espécies de animais ameaçadas de extinção, como o jacaré do papo amarelo, a jaguatirica, o macaco prego galgo e a onça pintada, entre outros. Os visitantes podem interagir com os animais, realizar trilhas, piqueniques e participar de atividades ecoeducativas. (Especial para o JP)

Imagem

Jornal da Paraíba

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