Notificações da Dengue aumentaram em 113%

Dados do Ministério da Saúde (MS) revelam crescimento de 113,93% dos casos de notificação de dengue na Paraíba entre 1º de janeiro e 16 de fevereiro deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo o Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) do MS, foram 244 notificações em 2012, contra 522 no mesmo período de 2013. Para a Secretaria de Estado da Saúde (SES), outro dado preocupante é o registro de quatro óbitos por dengue no Estado apenas este ano. Os casos ainda estão sendo investigados, mas podem ser decorrentes de casos graves de dengue que não estão sendo informados à SES pelas prefeituras paraibanas.

Os casos de óbito por dengue foram registrados em três municípios paraibanos. Em João Pessoa, estão em investigação a morte de dois pacientes, ambos estavam internados no Hospital Edson Ramalho. As demais mortes foram em Arara (1) e Salgado de São Félix (1).

Segundo a gerente executiva de Vigilância em Saúde da SES, Talita Tavares, os casos que levaram a óbito devem ter sido decorrentes de casos de febre hemorrágica da dengue (FHD) ou de dengue com complicação (DCC), embora o MS não tenha apontado o registro de casos graves na Paraíba este ano. A gerente de vigilância à saúde alerta para a necessidade da notificação de casos graves da dengue. “A classificação correta do paciente, quando este apresenta os sinais de alerta, pode evitar o óbito”, frisou.

Ainda segundo Talita Tavares, ao ser informado da suspeita de casos de dengue a SES pode planejar ações que fortaleçam a assistência básica aos pacientes e a qualificação de profissionais da atenção básica, de hospitais, entre outros. Para a gerente de vigilância, o aumento de notificações de casos de dengue apontado pelo MS não é negativo. “Desde 2012, a SES já tem a confirmação de que está em circulação na Paraíba a dengue tipo quatro, o que aumenta as chances de novos casos de dengue”, pontuou.

Do ponto de vista da incidência, que compara os casos de dengue com a população do estado, o LIRAa mostra que João Pessoa e Teresina (PI) estão entre as capitais nordestinas com situação considerada satisfatória, apesar do percentual ser de 13,7 e 10,9, respectivamente.