Núcleo trata policiais que estão estressados

Em 1992, a Secretaria de Estado de Segurança e Defesa Social da Paraíba criou um Núcleo de Saúde Ocupacional para tratar policiais que apresentam estresse. O local funciona com equipe multidisciplinar formada por médicos, dentistas, psicólogos, assistentes sociais, farmacêuticos e técnica em Enfermagem.
Além de atender servidores das polícias Civil e Militar, o serviço contempla bombeiros, com servidores de saúde. Em 2011, foram realizados 7.904 atendimentos, que envolveram campanhas de imunização, serviços odontológicos, psiquiátricos, psicológicos e farmacêuticos. “O objetivo de nosso trabalho é cuidar do cuidador e mostrar a esses profissionais que a instituição se preocupa com eles. Quando temos conhecimento que algum policial está com problemas, procuramos oferecer ajuda", disse a chefe do Núcleo, Susi Cleide Pegado.

Outras ações foram adotadas pelo Comando Geral da Polícia Militar, que instalou um Centro Médico para tratar da tropa.

Segundo o comandante da corporação, coronel Euller Chaves, a instituição já começou a ser reestruturada. “Encontramos esse serviço em caos, em um verdadeiro descaso com o policial. Mas estamos aumentando o número de psicólogos. Além disso, estamos oferecendo fardamentos, coturnos, protetores auriculares aumentando a frota, ou seja, estamos executando um conjunto de medidas para prevenir problemas de saúde de nossos policiais”, afirmou.

Apesar de reconhecer que a profissão representa riscos, o oficial destacou que a Paraíba possui a menor taxa de morte entre PM do Brasil. “Em 20 meses, registramos a morte de um policial, em trabalho. No Rio Grande do Norte, foram oito e no Ceará, por exemplo, foram 11”, assegurou.

Além da baixa letalidade entre militares, a Paraíba também teve pouco registro de morte de criminosos, durante os confrontos com a polícia. “Tivemos 13 mortes de suspeitos, o que mostra que nossa equipe está equilibrada. Temos assistência médica e psicológica para manter nossos militares com nível de estresse controlado”, disse.