Número de casamentos tem queda de 11,3% na Paraíba

O número de registros civis de casamentos na Paraíba apresentou uma redução de 11,3% entre os anos de 2015 e 2016. Os números são de um levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A Paraíba teve o terceiro maior índice de diminuição, ficando atrás apenas dos estados de Alagoas e Piauí, que registraram quedas de 12,5% e 13,2%, respectivamente.

Em 2016 foram realizados 16.836 casamentos civis no estado paraibano. A região metropolitana de João Pessoa registrou 908 matrimônios, o maior número. Em seguida, a região metropolitana de Campina Grande aparece com 334. Em 2015, foram 18.974 casamentos registrados.

Segundo o IBGE, das 27 unidades da federação, 20 apresentaram uma diminuição dos registros civis. Paraíba, Alagoas e Piauí foram os únicos estados com uma diminuição acima de 10%.

Para a socióloga Janielle Marques, essa essa queda no número de casamentos tem acontecido em função das pessoas priorizarem cada vez mais os estudos e a realização profissional, ao invés da vida a dois. "Essa redução pode ser atribuída à ampliação do debate sobre os papéis sociais, e a expectativa de futuro da geração atual, com a priorização da formação profissional e da inserção da mulher no mercado de trabalho", disse a socióloga. A união informal ainda pode ser outro motivo a ser considerado. "A tentativa de escapar aos trâmites burocráticos do estado numa possível união informal também pode ser atribuída a essa diminuição de casamentos", finalizou Janielle.

Casamento homoafetivo

Enquanto houve uma redução no número total de registros civis, um outro levantamento do IBGE identificou um aumento de 18,3% nos casamentos homoafetivos na Paraíba. Em 2016 foram realizados 58 matrimônios entre pessoas do mesmo sexo, enquanto que em 2015 foram 49.

A união civil homoafetiva é permitida no Brasil desde 2011, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a equiparação da união homossexual à heterossexual. Em 2013, por meio da resolução 175, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu que os cartórios de todo o pais não poderiam se recusar a celebrar o casamento entre pessoas do mesmo sexo.