VIDA URBANA
Mortes de crianças por câncer na Paraíba caem 27,7% em 10 anos
Estudo foi divulgado nesta quarta-feira pelo Ministério da Saúde.
Publicado em 28/11/2018 às 11:36 | Atualizado em 28/11/2018 às 18:57
O número de crianças, de 0 a 14 anos, que faleceram em decorrência do câncer apresentou queda de 27,7%, entre os anos de 2006 e 2016, no estado da Paraíba. Os dados são do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e foram divulgados nesta quarta-feira (28) pelo Ministério da Saúde, em alusão aos dias Nacional de Enfrentamento ao Câncer Infantil e Nacional de Combate ao Câncer, lembrados nos dias 23 e 27 de novembro, respectivamente.
Segundo a assessoria do Ministério da Saúde, em 2006, o sistema registrou 54 mortes de crianças nesta faixa etária, enquanto que em 2016, esse quantitativo foi para 39 óbitos. Os tipos de cânceres infanto-juvenis mais comuns são as leucemias, seguidos dos linfomas (gânglios linfáticos) e dos tumores cerebrais.
“Temos visto que a detecção e o tratamento precoce do câncer, feito nos serviços de saúde, tem sido crucial para a queda na mortalidade. Isso é imprescindível, pois para a obtenção de melhores resultados, é preciso ter diagnóstico precoce e o ágil encaminhamento para início de tratamento. Houve também importante mudança de tecnologia no tratamento do câncer, muitos procedimentos cirúrgicos, desnecessários, foram reduzidos”, destacou a diretora do Departamento de Doenças e Agravos Não Transmissível e Promoção da Saúde, do Ministério da Saúde, Dra. Fatima Marinho.
Nas últimas quatro décadas, o progresso no tratamento do câncer na infância e na adolescência foi extremamente significativo. Hoje, cerca de 80% das crianças e adolescentes acometidos por câncer podem ser curados se forem diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados. A maioria dessas crianças tem boa qualidade de vida após o tratamento adequado.
Acima da média nacional
O percentual da Paraíba está acima da média nacional, que apresentou queda de 13,4% para o mesmo período. Em 2006, o sistema registrou 2.222 mortes de crianças nesta faixa etária, enquanto que em 2016, esse quantitativo foi reduzido para 1.924 óbitos. O número de mortes entre os menores de um ano de idade reduziu 27,8%. As crianças de 1 a 4 anos apresentaram queda de 9% e os de 5 a 14 anos, tiveram queda de 13,4%.
O câncer ainda é a primeira causa de morte, entre as doenças, que afetam as crianças de 5-14 anos, mesmo com a redução do número de mortes e da taxa de mortalidade. Entre os sintomas de câncer em crianças estão: palidez, hematomas, sangramento, dor óssea, perda de peso inexplicada, caroços ou inchaços, alterações oculares, inchaço abdominal, dores de cabeça persistente, vômitos e dor em membro, inchaço sem trauma.
Os tipos de cânceres infanto-juvenis mais comuns são as leucemias, seguidos dos linfomas (gânglios linfáticos) e dos tumores cerebrais. No Brasil, o câncer infanto juvenil responde por 3% de todos os tipos de câncer. Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) indicam que, para cada ano do biênio 2018-2019, são cerca de 12.600 casos novos de câncer (sem considerar o câncer de pele não melanoma) em crianças e adolescentes (até os 19 anos). As regiões Sudeste e Nordeste apresentaram os maiores números de casos novos, 5.300 e 2.900, respectivamente, seguidos pelo Centro-Oeste (1.800), Sul (1.300) e Norte (1.200).
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