VIDA URBANA
Ao menos oito pessoas são feridas com agulhas no Parque do Povo
Empresa e Polícia Militar analisam imagens de segurança para tentar identificar autores de agulhadas.
Publicado em 11/06/2018 às 19:29 | Atualizado em 11/06/2018 às 19:56
A direção do Hospital de Trauma de Campina Grande informa que foram atendidas oito pessoas na unidade, entre a sexta-feira (8) e esta segunda-feira (11), feridas com agulhadas. Elas revelaram que os ferimentos ocorreram dentro do Parque do Povo, durante o São João 2018 da Rainha da Borborema. Segundo a infectologista Priscila de Sá, as vítimas contaram que sentiram as furadas e, logo depois, foram ao hospital em busca de ajuda.
As denúncias estão sendo apuradas pela Polícia Militar, revela que o capitão Jhonata Yassaki. O militar destacou que as ocorrências não foram notificadas na PM, pois as vítimas foram em busca de atendimento médico imediato. As imagens das câmeras de segurança do Parque do Povo estão sendo analisadas. A Polícia Militar também destacou que a biometria facial anunciada pela empresa organizadora não está sendo feita.
“Soubemos destes fatos pela Imprensa e o Hospital de Trauma. As vítimas buscaram de imediato o atendimento de saúde preventivo. Pegamos algumas características com as vítimas e estamos analisando as câmeras de segurança. E o comando também pediu o reforço nos procedimentos de segurança”, disse o capitão Jhonata Yassaki.
Nota da Aliança
A empresa Aliança, organizadora do Maior São João do Mundo, divulgou uma nota na tarde desta segunda-feira, informando que estava trabalhando em conjunto com a Polícia Militar para investigar os casos. A nota ainda diz que nos postos de atendimento do Parque do Povo, apenas uma ocorrência foi registrada.
Sobre a biometria facial, a assessoria de imprensa da Aliança informou que os equipamentos foram garantidos, mas ainda precisam ser instalados nas entradas do Parque do Povo. Apesar disso, até a tarde desta segunda-feira não foi anunciado um prazo para a instalação.
Atendimento
A médica do Hospital de Trauma informou que, após o atendimento, a equipe de saúde confirmou que havia marcas de agulhadas no corpo das vítimas, mas que ainda não há como saber se as seringas estavam com alguma contaminação ou não.
O procedimento feito no hospital, segundo Priscila de Sá, foi registrar um protocolo de acidente por agulha possivelmente contaminada e fornecer aos pacientes a medicação necessária para evitar infecção pelo vírus HIV. Além disso, as vítimas também foram encaminhados para o setor responsável pela medicação contra infecção do vírus hepatite B.
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