icon search
icon search
home icon Home > cotidiano > vida urbana
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

VIDA URBANA

ONGs em defesa das vítimas

ONGs lutam pelos direitos das mulheres e realizam campanhas alertando para a necessidade de denunciar agressores.

Publicado em 27/11/2012 às 6:00


“Por muitos anos a violência contra a mulher foi omitida pela sociedade. Ainda assim, ela continua silenciosa”. A declaração feita por Irene Marinheiro Jerônimo, coordenadora do Centro da Mulher 8 de Março, revela a preocupação em lidar com um problema que tem sido recorrente, sobretudo com um novo indicativo: o índice de mortes de mulheres ligadas ao tráfico de entorpecentes. De acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública, de janeiro a outubro deste ano, 120 mulheres foram vítimas de homicídio. Deste total, conforme levantamento realizado pelo Centro da Mulher 8 de Março, 69 mulheres tinham envolvimento com o tráfico.

Em João Pessoa, o trabalho de Organizações Não Governamentais (ONG) tem sido direcionado a comunidades periféricas, escolas e centros de educação para realização de campanhas educativas e informativas para encorajar as vítimas a denunciarem a agressão. De acordo com Irene Marinheiro, a informação tem sido a principal arma para enfrentar o problema da violência, que atinge principalmente mulheres entre 15 e 40 anos.

Apenas no Centro 8 de Março, na capital, 25 mulheres foram atendidas e encaminhadas à Delegacia da Mulher e Centro de Referência da Mulher. O perfil social das vítimas, segundo esclarecido pela entidade, é de mulheres de classe média que convivem com a violência desde a infância e moram nas comunidades periféricas. Além disso, conforme levantamentos da ONG, o número de denúncias tem aumentado consideravelmente, assim como o índice de mulheres ligadas ao tráfico de drogas.

Outro ponto ressaltado pela coordenadora, é o número desconhecido des vítimas. “Sabemos que muitas mulheres sentem vergonha da condição de vítima de violência e que enfrentam o problema caladas. Esse comportamento é notado em mulheres com poder aquisitivo maior, que não querem ter seus nomes expostos. A violência acontece, mas elas não denunciam”.

Nas unidades de apoio, as denunciantes relatam que a violência parte não apenas de companheiros, mas também de pai, filhos e irmãos. “É um problema do meio familiar que compromete toda a sociedade. A Lei Maria da Penha também dá o direito de qualquer pessoa denunciar a violência, mesmo que de forma anônima”, alerta Irene.

A ONG Bamidelê Mulheres Negras trabalha especificamente com o combate ao racismo, mas também é procurada por mulheres que sofrem violência doméstica e orienta as vítimas. Além disso, a ONG promove campanhas de prevenção e combate à violência contra as mulheres em escolas e comunidades da capital. “Nós orientamos as vítimas a procurar assistência nos Centros de Referência, delegacias especializadas e casas de acolhida. Por meio de nossas campanhas, cobramos ações concretas do poder público”, explicou Terlúcia Silva, coordenadora da Bamidelê.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp