VIDA URBANA
ONU defende a diversidade de religiões no Mundo
Coordenador do curso de mestrado em ciências das religiões da UFPB, Carlos André Cavalcanti, acrescenta que as pessoas, hoje, sentem-se mais livres para buscar outras experiências religiosas.
Publicado em 02/10/2011 às 17:14
O coordenador do curso de mestrado em ciências das religiões da Universidade Federal da Paraíba, Carlos André Cavalcanti, analisa que a diversidade religiosa é uma bandeira defendida pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Ele acrescenta que as pessoas, hoje, sentem-se mais livres para buscar outras experiências religiosas e que essa busca aumentou na pós-modernidade, porque os valores tradicionais e a bases religiosas cristãs passaram a ser mais questionadas.
No entanto, a prática exclusiva do bem não é uma orientação de todas as religiões. Há crenças que podem ser usadas para o mal. Segundo o pesquisador, apenas as religiões monoteístas que possuem livros sagrados publicados (ou seja, as cristãs que se baseiam na Bíblia e os muçulmanos que usam o Alcorão) buscam propagar apenas o bem entre as pessoas.
As demais religiões que não possuem livros podem atuar tanto para o bem quanto para o mal. Tudo vai depender da intenção do praticante. “Uma bruxaria que se utiliza de ervas para curar também usar as mesmas ervas para causar o mal. Isso ocorre porque a religião é um espelho do mundo e o mundo está repleto de coisas ruins”, explica Carlos André.
Por causa disso, feiticeiros e bruxos foram perseguidos por católicos e evangélicos durante séculos e quase foram exterminados. Essas crenças só foram retomadas nos anos 1960 do século 20. “Chegaram aqui com muita reação e denúncias e já viraram tema de ações judiciais e policiais, mas a crença em si não tem nada de ilegal. A diversidade religiosa é um direito”, ressalta o coordenador da UFPB.
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