Operação frustra plano de fuga e assassinatos

Uma operação pente-fino realizada na tarde da última segunda-feira por agentes policiais militares na penitenciária regional da cidade de Cajazeiras, no Sertão do Estado, pode ter evitado uma 'tragédia'.

Além de apreender armas artesanais, dois quilos de maconha, munições, um revólver calibre 38 e até mesmo um tablet dentro da unidade, os agentes descobriram e frustraram um plano dos presos que teria o objetivo de executar parte da direção do presídio e provocar uma fuga em massa no dia 7 de outubro, dia das eleições municipais.

Os detentos estariam planejando os assassinatos do atual diretor da penitenciária, Jailson de Matos Santos, de um dos diretores adjuntos, Tiago Moreira, e de uma agente penitenciária, cujo nome não foi revelado. O suposto plano começou a ser descoberto a partir do depoimento de um detento, que simulou estar doente na noite do último sábado, mas outros apenados também confirmaram as informações.

A penitenciária já havia passado por um 'pente fino' no último sábado, mas uma denúncia de que havia um plano de fuga, execução dos diretores da prisão e de uma agente penitenciária levou a direção do presídio a solicitar uma nova operação. De acordo com o diretor do presídio, Jailson de Matos Santos, “quando iniciamos a operação, por volta das 9h, os detentos quebraram o tablet e o jogaram pela janela para que não fosse visto o conteúdo dele, mas desarticulamos os planos deles ao tomar a arma e os outros materiais”, disse o diretor.

Ainda segundo Jailson de Matos, pelo menos uma vez por mês é realizada uma operação na unidade. Mesmo com os materiais apreendidos e o suposto plano desarticulado, o efetivo policial na área e dentro da penitenciária será reforçado no dia das eleições.

“Os objetos podem ter entrado na penitenciária por meio de corrupção de funcionários que permitem a entrada do material, pois 95% do material que é apreendido na tentativa de entrar na unidade vem nas partes íntimas das mulheres”, considerou o diretor.

Os três apenados que contribuíram com as investigações foram transferidos para outra unidade prisional, para que fosse garantida a integridade física deles. A direção da unidade informou que vai instaurar uma sindicância, para continuar apurando as denúncias.