VIDA URBANA
Operários da construção civil prometem parar obras na Capital
Assembleia com mais de mil operários decidiu que a categoria deve parar até que suas reivindicações sejam atendidas. Greve começa na segunda-feira e não tem dia para acabar.
Publicado em 05/03/2010 às 19:47
Maurício Melo
Todas as obras da grande João Pessoa paradas é o que promete o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil (Sintricom) para a próxima segunda-feira (8). Segundo informações do tesoureiro da entidade, Paulo Marcelo, dez rodadas de negociações aconteceram sem sucesso e a categoria resolveu parar por tempo indeterminado.
A assembleia geral aconteceu na semana passada e contou, segundo a assessoria do sindicato, com mais de mil operários. Mas mesmo com as máquinas paradas em todas as centenas de obras espalhadas pela cidade, o pessoense ainda terá que ouvir muito barulho. É que o Sintricom já avisou que vai fazer piquetes em frente às construções que não pararem.
"Ficamos sabendo que nesta sexta-feira muitos empregadores se reuniram com seus empregados para pressioná-los. Por conta disso, nós vamos percorrer a cidade com carros de som denunciando e convocando quem ainda estiver trabalhando", prometeu Paulo Marcelo.
A categoria pede o aumento do valor da cesta básica de R$ 30 para R$ 100, do piso salarial de ajudante de pedreiro de R$ 480 para R$ 575, do piso do pedreiro de R$ 600 para R$ 720, do encarregado de R$ 700 para R$ 840, um aumento para elevar o salário do mestre de obras para R$ 2.100 e de 10% para todos aqueles que receberem acima do piso.
Mas a grande briga do sindicato e o calo na negociação com os empregadores, é a exigência para que todo o valor pago seja registrado em carteira de trabalho. "Nós sabemos que várias construtoras pagam um valor pela carteira e outro por fora. Só que este por fora não garante os direitos trabalhistas. Queremos que a lei seja cumprida e isso acabe. Mas ospatrões não aceitam."
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