Orelhões resistem à tecnologia

Os orelhões considerados símbolo de um tempo em que a comunicação era um item caro e nem todos podiam ter um telefone pessoal ainda resistem nas cidades da Paraíba. Eles podem ter formatos diferentes de acordo com a cultura local. Em Campina Grande, é possível encontrar em forma de balão junino, e na cidade de João Pessoa, existem alguns na forma de frutos. Mas, atualmente, além da concorrência com outros meios modernos de comunicação, a exemplo do celular e a internet, muitas vezes, estão impossibilitados para o uso por causa da ação dos vândalos.

Dados divulgados pela Diretoria de Comunicação Corporativa da Oi, nos cinco primeiros meses deste ano foram depredados 1.295 orelhões no Estado de um total de 18,5 mil instalados nos municípios. A companhia também substituiu aproximadamente 160 campânulas por mês nesse mesmo período. O gasto médio com o reparo de cada orelhão é R$ 140,00 totalizando um prejuízo superior a R$ 180 mil aos cofres.

Porém, muitas vezes é o próprio aparelho telefônico que apresenta defeitos. Em Campina Grande, o comerciante Lourival Barbosa disse que recentemente uma cliente comprou um cartão para uma ligação urgente, mas ao tirar o telefone do gancho não dava linha. Por causa do defeito no aparelho telefônico que está instalado no Calçadão da Cardoso Vieira, o comerciante teve que emprestar o próprio celular para ajudar a cliente. "Isso desestimula o uso do orelhão", opinou.

Segundo o diretor de Comunicação Corporativa da Oi, da regional que a Paraíba pertence, Bruno Ribeiro, a sociedade deve avisar à companhia ao perceber defeitos nos aparelhos ou que estejam danificados.

“Temos um programa permanente de manutenção dos telefones públicos que atende às solicitações de reparo de consumidores e órgãos públicos por meio do número “10331'”, frisou o diretor de comunicação.

Ainda segundo Ribeiro, os pedidos de reparo de orelhões são atendidos rapidamente quando solicitados pela sociedade. Ele lembrou que nos quatro primeiros meses de 2012, a Oi atendeu a 98% dos pedidos de reparo de orelhões em até 8 horas, quando as pessoas e órgãos públicos nos solicitam, reafirmou o diretor de Comunicação da Oi.