VIDA URBANA
Pacientes precisam de acompanhamento
Tratamento trabalha a autoestima da mulher, que é afetada após procedimentos agressivos como a mastectomia.
Publicado em 02/09/2012 às 14:43
O tratamento do câncer de mama geralmente interfere diretamente na autoestima da mulher. Isso porque a doença afeta um dos principais símbolos femininos: os seios. Dependendo do tamanho ou grau de ramificação do tumor, a paciente se vê obrigada a retirar parte da mama ou ela inteira. Esse procedimento cirúrgico, denominado mastectomia, juntamente à quimioterapia e radioterapia são os tratamentos para o câncer de mama.
A psicóloga Fátima Lucena é uma das coordenadoras da ONG Amigos do Peito e acompanha pacientes que passaram ou precisarão passar por uma mastectomia. “A mama está diretamente relacionada à sexualidade e maternidade. No acompanhamento nós trabalhamos a autoestima da mulher, convencendo-a a não ter vergonha do próprio corpo. Os seios são um símbolo, mas a feminilidade não está toda contida ali. O apoio dos familiares e as terapias em grupo ajudam bastante, pois as mulheres veem que não estão sozinha nessa luta”.
Além de ser psicóloga, Fátima fala com a propriedade de quem conhece o problema de perto, como paciente. Ela passou por uma mastectomia há 12 anos e hoje, aos 58 anos, afirma-se bem resolvida com o assunto. “A saúde é mais importante que a vaidade. Tenho histórico de câncer de mama na família e fui educada entendendo que ele é uma doença, não o fim do mundo.
O diagnóstico choca em um primeiro momento, mas depois é preciso se concentrar no tratamento e ser forte. O otimismo ajuda no processo de cura”, declara Fátima.
Graças às cirurgias plásticas, é possível amenizar as consequências físicas do tratamento contra o câncer. Toda paciente que teve a mama extirpada em decorrência do CA mamário, tem o direito de realizar cirurgia plástica reparadora. Por lei, tanto o Sistema Único de Saúde (SUS) como os planos de saúde são obrigados a realizar a cirurgia de reconstrução mamária.
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