VIDA URBANA
Pacientes reclamam da falta de medicamentos para Parkinson
Secretaria Municipal de Saúde explica que a falta aconteceu porque a reserva terminou e a licitação para a compra demorou a ser concluído.
Publicado em 09/04/2015 às 6:00 | Atualizado em 16/02/2024 às 10:56
Desde de fevereiro a dona de casa Gilma Valentim vai constantemente ao Posto de Saúde Francisco Pinto, no Centro de Campina Grande, em busca do medicamento Prolopa para a mãe, utilizado para o combate aos efeitos do Mal de Parkinson, e não encontra o remédio. Ela e mais de 700 pessoas que recebem o medicamento na cidade estão com o tratamento prejudicado porque o produto está em falta desde fevereiro. A Secretaria Municipal de Saúde explica que a falta aconteceu porque a reserva terminou e a licitação para a compra demorou a ser concluída.
A dona de casa Gilma Valentim é um exemplo de usuária do SUS que vem tentando conseguir o medicamento nos últimos meses sem sucesso. Sua mãe, a aposentada Maria da Paz Barbosa, 82, recebia mensalmente uma caixa do Prolopa 250 mg e há mais de dois meses deixou de tomar as quatro doses diárias do medicamento e já voltou a ter acentuados sintomas da doença. “A gente não tem condições de compra porque ela também toma outras medicações”, explica.
O aposentado João Gomes Sobrinho, 85, foi ontem de manhã ao Posto de Saúde Francisco Pinto em busca do Prolopa 250 mg e recebeu a informação que o medicamento continuava faltando. “Vou para uma farmácia comprar. Tomo a cada 8 horas e não posso ficar sem”, lamenta. Ele tem comprado o produto, em média, por R$ 74,00.
A aposentada Josefa Paulo da Silva também não encontrou o medicamento no serviço e relatou que sua irmã, Argentina Paulo da Silva,74, tem sido obrigada a comprar apenas uma caixa do remédio, quando necessitaria de mais.
Funcionários da farmácia do Posto Francisco Pinto garantem que existe uma lista de mais de 700 pessoas habilitadas a receber o Prolopa 250 mg na cidade e que o serviço é o único que é autorizado a realizar a entrega.
Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria Municipal de Saúde garante que o Prolopa 250 mg está em falta há cerca de um mês, devido ao fim da reserva do estoque e à demora na conclusão de uma licitação para a compra do remédio. A estimativa da pasta é que ainda hoje o medicamento volte a ser disponibilizado.
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