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VIDA URBANA

Pacientes renais ameaçados

Com cerca de 1.400 pacientes renais na Paraíba, capital do Estado só dispõe de hemodiálise pelo SUS em três instituições.

Publicado em 27/02/2014 às 6:00 | Atualizado em 07/07/2023 às 12:38

Sem realizar transplantes de rins desde 2010, João Pessoa já possui serviços de hemodiálise lotados e obrigados até a funcionar em horário noturno para atender à demanda.

Na capital, existem seis instituições credenciadas a realizar os procedimentos, no entanto, apenas três atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Para a Associação de Pacientes Renais da Paraíba, a ausência de investimentos está colocando em risco a vida dos doentes. Já a Prefeitura de João Pessoa afirmou que pretende ampliar a assistência até o final deste ano.

Na Paraíba, existem cerca de 1.400 pacientes renais. Destes, 700 são atendidos na João Pessoa. Eles são submetidos às sessões, em média, três vezes por semana. Cada procedimento dura em torno de quatro horas.

“Nem todos esses pacientes são moradores de João Pessoa. Muitos são de municípios vizinhos”, explica o presidente da Associação de Pacientes Renais da Paraíba, Carlos Roberto Lucas.

Na capital, as sessões realizadas pelo SUS são feitas no Hospital São Vicente de Paula e nas Clínicas Unirim e Nefrusa. Outras duas clínicas privadas também oferecem o serviço, mas não são credenciadas pelo SUS. Há ainda uma outra instituição particular habilitada a atender os pacientes renais, mas ela só recebe crianças.

Segundo Lucas, para garantir o atendimento aos pacientes, as unidades de saúde fazem as máquinas de hemodiálise funcionarem por 14 horas diárias. “Elas começam a funcionar às 7h e só param às 21h. Sai um paciente e entra outro, sem parar. Isso aumenta o risco de infecção”, alerta.

A reportagem procurou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para saber se a lotação nos serviços de hemodiálise representa algum risco para os pacientes. Por meio de email, a assessoria do órgão explicou que o funcionamento dos serviços foi alterado em 2011, para permitir o atendimento a um maior número de pacientes.

“Antes da mudança, havia um limite máximo de atendimento de 200 pacientes por serviço. Agora, o gestor de Saúde pode autorizar a ampliação do número de pacientes assistidos, sempre que identificar essa necessidade. No entanto, quando for necessário ultrapassar o limite de 200 pacientes em hemodiálise por clínica, o gestor deve solicitar à Vigilância Sanitária local que inspecione esses ambientes. A decisão dependerá de o serviço ter realizado as adequações necessárias, para receber o novo quantitativo de pacientes, de modo a oferecer segurança sanitária ao procedimento”, disse trecho do email.

HEMODIÁLISE É UM PROCEDIMENTO REALIZADO SÓ EM SEIS CIDADES

O presidente da Associação de Pacientes Renais explica que a hemodiálise é um serviço realizado apenas em João Pessoa, Campina Grande, Guarabira, Patos, Cajazeiras e Sousa.

Em 2011, a prefeitura da capital adquiriu 40 máquinas de hemodiálise para usá-las em um serviço que será criado no Hospital Santa Isabel. No entanto os equipamentos ainda não entraram em uso.

Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria de Saúde informou que o maquinário começará a ser usado neste ano e as instalações físicas do hospital estão sendo adaptadas para receber as máquinas e os demais equipamentos necessários à realização dos procedimentos.

Destacou ainda que os pacientes não são prejudicados, porque o atendimento é oferecido por clínicas conveniadas com a prefeitura.

TRANSPLANTES SÃO FEITOS EM CG

Na Paraíba, cerca de 400 pessoas estão na fila à espera de um transplante de rim. Por isso, outro motivo de preocupação é a suspensão da realização dessas cirurgias de rins em João Pessoa, que já dura três anos. Atualmente, esses procedimentos são realizados apenas no Hospital Antonio Targino, em Campina Grande. “Com isso, pacientes de outras localidades precisam se deslocar até Campina para realizarem avaliações clínicas antes e depois do transplante. A viagem custa em média R$ 150,00 e muitos não têm condição de pagar e faltam às consultas”, disse Lucas.

Ainda de acordo com Lucas, na Paraíba, cerca de 210 pessoas já realizaram transplantes de rins. Destes, 160 recebem assistência pós cirurgia em Campina Grande, enquanto que as demais são atendidas em João Pessoa.

Segundo a gerente de Ações Estratégicas da Central de Transplantes, Mirian Carneiro, as prefeituras são obrigadas por lei a custear a despesa dos pacientes que precisam viajar para Campina Grande ou João Pessoa, em busca de assistência. Ela ainda explicou que o Estado adota providências para reiniciar os transplantes na capital, com recursos do SUS.

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Jornal da Paraíba

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