VIDA URBANA
Padrão abriga o triplo de detentos
Publicado em 06/11/2011 às 6:30
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O caso mais grave de superlotação no Sistema Penitenciário Paraibano acontece no Presídio Padrão de Campina Grande. A unidade abriga atualmente um número de detentos três vezes maior do que a capacidade projetada. São 450 detentos divididos em dois pisos, enquanto que a estrutura foi planejada para receber no máximo 150 presos.
O diretor da Penitenciária Padrão, sargento Daniel Dias, acredita que a superlotação é provocada também pelo grande número de detentos que chegam de outras comarcas, muitas vezes de cidades distantes do Sertão paraibano. “Temos uma das melhores estruturas de segurança no Estado e por isso recebemos presos perigosos de outras cidades que não têm condições de mantê-los”, avalia.
As transferências são principalmente de traficantes, tipo de detento considerado mais perigoso por estar ligado diretamente ao crime organizado. Os juízes de várias comarcas decidem pela transferência para Campina atendendo a solicitação geralmente dos diretores de presídios menores ou cadeias públicas, que possuem estrutura precária e não tem condição de evitar tentativas de fuga ou resgate. Detentos de alta periculosidade ou que estão sofrendo ameaças de outros presos em suas cadeias de origem também acabam sendo transferidos para o Presídio Padrão.
Atualmente, a Penitenciária Padrão, considerada de segurança máxima, abriga principalmente presos provisórios. Mas como recebe muitas transferências, detentos que ainda estão sendo investigados e que cometeram crimes de menor potencial ofensivo dividem o espaço com elementos perigosos ou com envolvimento com o crime organizado.
Não há divisão por pavilhões, apenas por andares, chamados de 'piso 1' e 'piso 2'. “Temos dois pisos e tentamos ao máximo separar detentos perigosos, mas como estamos com superlotação eles acabam se misturando, não temos como evitar”, admite o sargento Daniel.
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