Pais denunciam mau atendimento no Isea

Uma família da cidade de Lagoa Seca, no Agreste paraibano, tem 'perdido o sono' há 30 dias. É que a filha do casal Edvandro Costa Avelino, de 46 anos, e Ednalva Maria da Silva, de 37 anos, nascida no dia 8 de fevereiro deste ano, está sem o movimento dos dois braços após o nascimento, realizado no Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea), em Campina Grande. Os pais denunciam que os médicos da unidade não explicaram os motivos do problema, que pode ter sido ocasionado durante o parto.

Ontem, a família procurou a promotoria da Saúde do município, que vai investigar o caso e já solicitou informações sobre os procedimentos realizados na menina Kethylly Manuelly, durante o parto e sua internação na maternidade. Ednalva explicou que, no momento do parto, o médico já informou que o braço da menina estava fraturado e precisava ser imobilizado, e ela ficou mais 12 dias na UTI, e no dia da alta, a médica de plantão avaliou o quadro da menina como normal. Após voltarem para casa, os pais perceberam que a criança também não tinha movimento no outro braço.

“Quando eu voltei ao Isea, depois de oito dias informando que iria fazer a denúncia, ninguém falou nada. Nós queremos justiça e que o caso seja resolvido” afirmou o pedreiro Edvandro Costa. O promotor Herbert Targino avaliou, ontem, como grave a denúncia feita pelo casal.

Ele adiantou que encaminhou pedidos de informação para a direção do Isea, com cópias para o Conselho Regional de Medicina (CRM), solicitando a instauração de uma sindicância para apurar o fato. “Solicitamos também que a criança seja encaminhada ao hospital de trauma, para que seja feita uma avaliação. É preciso que se apure as responsabilidades, porque os usuários do Sistema Único de Saúde não podem ser penalizados”, discorreu Targino.

Ontem à noite a diretora técnica do Isea, médica pediatra Claudenir Nóbrega, informou que vai analisar hoje todos os prontuários e procedimentos realizados durante o parto e a internação da criança.