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VIDA URBANA

Pais esperam até 6h por consulta ambulatorial

Faltando vagas na UTI e superlotado, atendimento ambulatorial no Hospital Infantil Arlinda Marques demora até seis horas.

Publicado em 17/07/2012 às 6:00


Além da falta de vagas em leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), a superlotação no Hospital Arlinda Marques, em João Pessoa, gera longa demora no atendimento ambulatorial.

Os pais chegam a esperar por até seis horas pela consulta médica dos filhos. Pelos corredores da instituição, é possível encontrar adultos e crianças, sentados, à espera de assistência.

Muitos vieram de cidades distantes, no interior da Paraíba.

“Cheguei aqui às 8h de hoje (ontem) e meu filho só será atendido às 14h. E nem sei se ele será atendido mesmo, porque um funcionário ainda disse que vai depender da fila. São 12h e estamos aqui sem almoço e sem nada”, desabafou a agricultura Maria das Graças Casado, moradora do município do Conde, a 19 quilômetros de João Pessoa.

“Na semana passada, eu vim com minha filha à noite e fiquei aqui até a manhã seguinte, esperando atendimento. A minha filha não estava grave e todas as crianças que chegavam, eram passadas à frente dela”, lamentou a dona de casa, Eliane Soares.

A diretora do Arlinda Marques, Ana Márcia Fernandes, admite que a instituição funciona atualmente superlotada e que os pacientes em situação clínica menos grave precisam aguardar pelo atendimento às pessoas em situação mais crítica de saúde.

“Fazemos uma triagem e usamos cores para fazer a classificação de risco e identificar os casos prioritários. Os pacientes que têm cores azul e verde não correm risco de morte e precisam aguardar. Já aqueles que têm as cores laranja e vermelho são atendidos imediatamente. Por causa disso, pedimos a paciência aos pacientes menos graves para que aguardem”, explica.

Segundo a diretora, o Arlinda Marques realiza cerca de 450 atendimentos diários e esse número aumenta em períodos chuvosos, quando sobem os casos de viroses. No entanto, a procura por assistência médica na instituição aumentou após o fechamento do Hospital Infantil de Santa Rita e do Hospital Santa Paula, duas instituições particulares, mas que atendiam pelo SUS. “Já comunicamos a situação à Secretaria de Estado de Saúde e estamos aguardando as providências”, afirmou.

Ana Márcia acrescenta que os 12 leitos da UTI pediátrica estão sempre ocupados. Por conta disso, a instituição precisa enfrentar uma maratona para realizar as cirurgias urgentes. “Não temos demanda reprimida. Quando há uma criança em estado de emergência, fazemos a operação e transferência das crianças para UTIs de outros hospitais. Já com relação a cirurgias eletivas, só marcamos o procedimento após surgir alguma vaga na UTI pós operatória”, destacou.

Segundo a presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria, seção Paraíba, Kátia Laureano, a superlotação no Arlinda Marques tem provocado o rodízio no atendimento de pacientes. “Há casos em que uma criança fica sentada tomando soro enquanto outra fica em pé aguardando a vez. Depois eles trocam de posição”, revela.

A falta de vagas na enfermaria do hospital também se estende à UTI. Ela explica que este é um problema antigo e motivo de preocupação entre os médicos. “A Paraíba tem apenas 49 leitos de UTI, quando precisaria no mínimo do dobro para atender à demanda da população”, ressalta.

Semana passada, a falta de leitos e UTI infantil foi discutida em audiência no Ministério Público.

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Jornal da Paraíba

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