icon search
icon search
home icon Home > cotidiano > vida urbana
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

VIDA URBANA

Paraíba desperdiçou 36,18% de toda água distribuída em 2013

Instituto Trata Brasil aponta que os índices de perdas dos recursos hídricos no Estado estão acima dos indicadores recomendados. Capital perdeu mais água que a PB.

Publicado em 25/03/2015 às 19:40

Os índices de perdas de recursos hídricos da Paraíba estão acima dos indicadores recomendados, apontam dados da pesquisa do Instituto Trata Brasil, divulgado nesta quarta-feira (25). O Estado desperdiçou 36,18% de toda a água distribuída devido às perdas na rede de distribuição em 2013. Já a capital paraibana desperdiçou valor maior que o do próprio estado, com perda de 39,9% da água distribuída há dois anos atrás. Nesse mesmo período, João Pessoa teve 407,62 ligações perdidas, além de 42,98% de perdas totais no faturamento.

Na prática, esses dados se referem aos casos de perdas reais durante a distribuição da água, ocasionados pelos vazamentos, pela falta e adulteração dos hidrômetros, erros de medição, ligações clandestinas e roubos de água. Perdas que trazem impactos negativos à sociedade e ao meio ambiente.

De acordo com o pesquisador da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e consultor do Trata Brasil, os três índices da Paraíba e das duas maiores cidades do Estado, João Pessoa e Campina Grande, são preocupantes pois estão muito acima dos indicadores consideráveis padrão. Os valores estabelecidos pelo instituto como padrão variam entre 10% a 15%, passando disso o volume de água perdido já é considerado alto.

“No caso da Paraíba, de João Pessoa e Campina Grande, os valores estão consideravelmente acima do que é recomendado. Passou de 20% já é preocupante, acima de 30% é ruim e passando de 40% , a situação é crítica”, alertou. O pesquisador explicou ainda que os índices variam de acordo com as características topográficas e idade da rede de cada cidade e região.

Os indicadores são estabelecidos por meio de pesquisa e análise dos balanços hídricos dos países desenvolvidos. A média brasileira de perdas de água é de aproximadamente 40%. No ranking de estados do Nordeste com maior perda de água por distribuição, a Paraíba se encontra em último lugar com 36,18%, passando estados como Pernambuco com 53,69%, Rio Grande do Norte com 55,26 e Sergipe com 59,27%.

Para contribuir com o uso sustentável da água, a cirurgiã dentista Giselda de Alencar Cavalcanti, 79 anos, mantém hábitos de economia durante as atividades diárias da casa. Diminuir o tempo no banho, usar com menos frequência a máquina de lavar, aguar menos o jardim e outras ações fazem parte do roteiro seguido diariamente por ela.

“Não lavo a calçada, só quando chove pois aproveito a água da chuva, aguo às plantas apenas uma vez ao dia, lavo roupa só uma vez por semana, ao lavar à louça peço para que a secretária economize a água. Essas medidas fazem toda a diferença”, relatou.

Apesar de economizar água, Giselda Alencar ressalta que ainda existe muito a ser feito. "Apesar da gente economizar, existem muitas pessoas que desperdiçam a água. E nós que fazemos nossa parte, continuamos pagando caro por isso pela conta de água", pontuou.

Segundo o presidente da Companhia de Água e Esgoto da Paraíba (Cagepa), Marcus Vinícius Neves, existe de fato um padrão nacional a ser seguido, porém ele desconhece uma companhia brasileira que esteja dentro desse parâmetro. A Cagepa tem um déficit de 30 anos de falta de investimentos precisos na redução da perda de água em todo o Estado. Apesar dos índices da Paraíba, da capital e de Campina Grande estarem em desacordo com o padrão, eles ainda apresentam redução se comparados no período de 2009 a 2013.

“Esses índices existem e sabemos que precisamos melhorar. Durante 30 anos só foi feito a extensão da rede, pois a falta de recursos para ampliar a distribuição hídrica é no Brasil todo, não só na Paraíba e isso reflete nos índices de perda de água. Precisamos recuperar, a companhia está preocupada com o fato e vem tomando medidas para amenizar isso, como o reforço das adutoras, a melhoria da operação de água, compra de equipamentos, aplicação de multa e outras. Temos uma meta por ano de 400 mil hidrômetros, já adquirimos 120 mil só nesse primeiro semestre”, garantiu.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp