Paraíba ganha identificador eletrônico de face e digitais

A Paraíba passará a contar com um novo programa de computador que permite a produção de carteiras de identidade de forma eletrônica, por meio de reconhecimento facial, assinatura e digital das pessoas, para a formação de um banco de dados. O sistema foi inaugurado na manhã de ontem, na Casa da Cidadania do bairro Jaguaribe, em João Pessoa. O banco de dados ajudará na identificação de cadáveres ignorados ou até mesmo criminosos.

De acordo com o diretor do Instituto de Polícia Científica (IPC), Humberto Pontes, a utilização do sistema apresenta uma gama de vantagens. “Toda captura será automatizada, não sendo necessário que o usuário leve fotografia ou suje os dedos para a impressão digital. Além disso, o banco de dados vai facilitar a identificação de cadáveres ignorados ou mesmo de pessoas, no campo criminal”, enumerou.

Segundo Humberto Pontes, com o novo programa, a Paraíba passa a fazer parte dos 12 Estados brasileiros que contam com esse tipo de tecnologia, que é necessária para a futura implantação do Registro de Identificação Civil (RIC), uma identidade única, que conterá um chip.

Pontes ainda disse que a Gerência de Identificação Civil e Criminal fará a digitalização do acervo do IPC, que hoje é de quatro milhões de documentos.

De acordo com o gerente executivo de Identificação Civil e Criminal IPC, Israel Aureliano, as informações cadastrais e biomédicas colhidas vão garantir o armazenamento de informações do identificado. “Um cidadão que tiver uma carteira de identidade emitida pelo IPC paraibano não poderá fazer isso novamente utilizando outro nome, por conta do reconhecimento facial e das papilas”, explicou.

Conforme a assessoria da Secretaria de Segurança e Defesa Social, o novo programa vai permanecer na Casa da Cidadania, onde foi inaugurado, enquanto está em fase de customização, que inclui instalação e acompanhamento, nos próximos dias. Até o final de outubro, o sistema deve chegar às oito Casas da Cidadania distribuídas no Estado.