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VIDA URBANA

Paraíba investe em pesquisa para substituto do plástico

Produto biodegradável está sendo desenvolvido pela UFCG, UFPB e Instituto Fraunhofer.

Publicado em 03/06/2019 às 18:07 | Atualizado em 04/06/2019 às 16:05


                                        
                                            Paraíba investe em pesquisa para substituto do plástico
Foto: Secom-PB

Pesquisadores da Paraíba e da Alemanha estão desenvolvendo uma versão biodegradável para substituir o plástico, que atualmente é fabricado a base de petróleo e demora séculos para se deteriorar. Através da pesquisa inédita da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), da Paraíba (UFPB) e no Instituto Fraunhofer (IFAM), com sede em Bremen, na Alemanha, os pesquisadores descobriram que o óleo da soja ou da linhaça pode substituir o petróleo na composição do plástico.

A pesquisa “BestBioPLA - Fully Bio-based PLA Composites Featuring Long Term Stability” também chegou ao sisal como produto natural que está sendo utilizado para dar a consistência ao material mantendo as mesmas propriedades de produtos de bases petrolíferas.

Investimentos

Estão sendo investidos até €140 mil - R$ 611,44 mil, considerando a cotação do euro nesta segunda-feira (3) - pelo governo da Paraíba, por meio da Secretaria da Educação, Ciência e Tecnologia (SEECT), via Fundação de Apoio à Pesquisa da Paraíba (Fapesq) e €1 milhão por parte do Instituto alemão.

O IFAM é mantido por recursos públicos e privados. Os projetos apoiados devem, obrigatoriamente, ter aplicação direta para a indústria e contar com empresas e universidades participantes no consórcio de pesquisa.

A Fapesq também vai financiar o intercâmbio dos alunos brasileiros para a Alemanha, através de doutorado sanduíche no Instituto Fraunholf.

Utilidade da descoberta

Tecnicamente, a pesquisa trata do desenvolvimento de um composto de poli (ácido lático) (PLA) reforçado com fibra natural totalmente bio-base que mostre tanto a estabilidade durante sua vida útil quanto a capacidade de reciclagem por biodegradabilidade no final de sua vida útil.

A coordenadora dos trabalhos na Paraíba, Renate Wellen (UFPB), fala que o produto a ser desenvolvido será usado para fabricar peças do forro do teto e das portas de automóveis: “A indústria automobilística no Brasil e na Alemanha apostam nesse novo material por causa do apelo sustentável que terá. Estamos trabalhando para conseguirmos que o produto tenha uma vida útil entre 20 e 30 anos, que é o período previsto de uso de um veículo. E será tão resistente quanto o plástico atual, que usa o petróleo na composição”.

Essas bases petrolíferas, entre outras substâncias, são o que tornam o plástico comum perene na natureza e não reciclável. Por outro lado, o novo plástico biodegradável poderá ser usado na fabricação de outros produtos. “Vamos estudar também como o produto vai se comportar na biodegradação – a fotodegradação e a biodegradação. Luz calor e umidade são as condições ambientais que afetam na degradação”, explica Wellen.

Equipe no Brasil

A equipe de pesquisadores no Brasil é composta por cinco estudantes de mestrado e doutorado e quatro professores. No lado alemão, especialistas das empresas parceiras e do instituto compartilham os estudos.

Sobre os impactos esperados, Wellen relata que a demanda por materiais de base biológica e biodegradável está aumentando, porém tais avanços científicos são demorados e dispendiosos. Pequenas e médias empresas do Brasil e da Alemanha não são capazes de contribuir com a pesquisa e desenvolvimento necessários.

No Brasil, o parceiro comercial é a companhia de processamento do sisal, a Sisalgomes, da Bahia. “Mas esse processo vai proporcionar para nós brasileiros um modelo de como fazer pesquisa mais voltada para o mercado”, ressalta Wellen.

Wellen salienta ainda que o projeto de pesquisa BestBioPLA exibirá novas cadeias de valor agregado para matérias-primas renováveis Os compostos resultantes do BestBioPLA abrirão um mercado de vendas: “Espera-se que isso aumente a aceitação de plásticos reforçados com fibra no mercado e na sociedade”, disse.

Imagem

Angélica Nunes

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