VIDA URBANA
Paraíba investiga três casos suspeitos de reinfecção pelo novo coronavírus
Além dos três casos, um padre também teria testado positivo duas vezes.
Publicado em 05/11/2020 às 15:41 | Atualizado em 06/11/2020 às 9:01
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) está investigando três casos suspeitos de reinfecção por coronavírus, segundo o secretário de Saúde da Paraíba, Geraldo Medeiros. A investigação considera pessoas que voltaram a testar positivo para a Covid-19 meses depois de ficarem doentes.
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), as pessoas que apresentaram suspeitas de reinfecção por coronavírus são de João Pessoa. Possivelmente, esses casos serão encaminhados a laboratórios em Belém do Pará, Rio de Janeiro e São Paulo.
Além dos três casos suspeitos, há outro caso de um padre que teria se infectado duas vezes pelo novo coronavírus. Em entrevista à TV Cabo Branco, o padre Roberto Coura, da Paróquia São Judas Tadeu, no bairro da Torre, em João Pessoa, informou que teve Covid-19 em maio deste ano, e agora voltou a ter sintomas da doença e testou positivo novamente.
"Ao chegar ao hospital, cansado, um pouco sem paladar e olfato, foi feito exames para dengue, chikungunya e zika, mas todos deram negativo. Foi necessário verificar como se encontrava a oxigenação do meu organismo, e constataram que estava baixa. Fizeram uma tomografia, onde detectaram características da Covid-19. Começaram a ver todos os protocolos, mesmo eu já tendo tido a doença em maio. Mas passei novamente pela questão dos medicamentos, a mesma do protocolo anterior.", explicou o padre.
O padre Roberto Coura recebeu alta hospitalar e está se tratando em casa. A Arquidiocese da Paraíba não soube informar ser ele fez os dois testes do tipo SWAB, recomendados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES).
O secretário de Saúde de Paraíba, Geraldo Medeiros, informou que o Ministério da Saúde editou uma Nota Técnica com novas orientações para casos suspeitos de reinfecção por coronavírus. O documento estabelece um prazo mínimo de três meses entre um episódio de infecção e outro, para que a possibilidade de reinfecção passe a ser considerada. Nos dois casos, o paciente deve ter sido submetido ao teste do tipo SWAB nasal.
"Existem vários elementos que podem confundir a reinfecção, pela coleta inadequada do material, pelos testes que não poderiam ser viáveis, pelo aspecto de que as vezes se trata de outro coronavírus, e não o mesmo coronavírus. Por isso, há a necessidade do sequenciamento genômico desses dois episódios, para identificar se se trata do mesmo ou de outro coronavírus. As vezes, alguns pacientes levam meses com partículas virais circulando, e depositadas no organismo podem simular um reinfecção.", explicou Geraldo Medeiros.
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