VIDA URBANA
Paraíba reduz em 76% o número de mandados de prisão em aberto com conclusão de cadastramento
Dados foram constatados com o fim do cadastramento dos presos no estado.
Publicado em 11/06/2018 às 13:40 | Atualizado em 11/06/2018 às 19:29
Houve uma redução de 76% no número de mandados de prisão em abertos na Paraíba. Com a conclusão do cadastramento das pessoas privadas de liberdade para o Banco Nacional de Monitoramento de Prisões (BNMP) do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), nesta segunda-feira (11), o número de mandados a serem cumpridos no estado reduziu de 13.896 para 3.314.
O juiz auxiliar da presidência do Tribunal de Justiça da Paraíba, Eslu Elói, explicou, em entrevista à CBN João Pessoa, que boa parte da redução se deu a situações em que havia mandados de prisão em aberto para pessoas já presas em outros estados.
A conclusão do cadastramento também concluiu que, dos presos com mandatos de prisão em aberto na Paraíba, pelo menos 183 estão foragidos e 3.131 são procurados pela Justiça.
Com relação à população carcerária do estado, após o cadastramento, a Paraíba passou a ter 11.650 pessoas privadas de liberdade. Conforme dados do Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen) do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), órgão do Ministério da Justiça, o total de pessoas encarceradas na Paraíba chegou a 11.377, no final de 2017, o que equivale a uma taxa de ocupação de 217,1%, acima da média nacional que foi de 197,8%.
Do total de presos na Paraíba, 7.704 são de condenados, sendo 6.797 de execução definitiva e 907 de execução provisória; 3.914 de presos provisórios e 32 internados. Outro detalhe constatado com o fim do cadastramento é que 11.151 são homens e 500 são mulheres.
Trabalho continua
O cadastramento dos presos em todo o país, inclusive na Paraíba, teve início em março deste ano e concluso nesta segunda-feira. A partir de agora será criado o BNMP que vai permitir ao CNJ a visualização do quantitativo de pessoas privadas de liberdade em todo o país.
O juiz auxiliar da presidência do TJ, Eslu Elói, disse que a partir da conclusão desse trabalho, inclusive, será possível implementar políticas públicas. "Como isso é um cadastro que precisa ser alimentado, vamos continuar alimentar o banco. Isso vai ajudar a identificar problemas de gente que está recolhida aqui e é de outros estados e poderemos descobrir presos que têm mandados de prisão na Paraíba, mas estão recolhidos em outros estados. isso vai ajudar muito", afirmou.
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