VIDA URBANA
Paraíba registra alta nos casos de tuberculose
Crescimento foi de apenas 1,5%, mas deixou o Estado na contramão das estatísticas nacionais, onde houve queda nos registros da doença.
Publicado em 24/04/2012 às 6:30
A Paraíba registrou aumento nos casos de tuberculose entre os anos de 2010 e 2011, segundo o Ministério da Saúde (MS). Neste período, o número saltou de 1.060 para 1.076 registros. O crescimento foi de apenas 1,5%, mas deixou o Estado na contramão das estatísticas nacionais. No resto do Brasil, houve queda na incidência da doença. Em 2010, o país teve 71.790 casos. No ano seguinte, esse número caiu para 69.245. Só nos primeiros quatro meses deste ano, a doença já causou 20 mortes.
No ano passado, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES), os municípios com mais casos foram João Pessoa (318), Campina Grande (117), Bayeux (57), Santa Rita (49), Sousa (37) Cabedelo (30), Guarabira (21) e Sapé (15).
Apesar de ser totalmente curável, a tuberculose pode causar a morte. De acordo com a SES, de 2009 até ontem, 270 paraibanos morreram em virtude da doença. A maior parte dos óbitos ocorre entre pessoas com mais de 50 anos de idade.
Foram 156 mortes nesta faixa etária. Outros 109 entre doentes com idades entre 15 a 49 anos.
Os principais sintomas são tosses constantes e sem motivo aparente, que se prolongam por mais de três semanas, falta de apetite, perda de peso, cansaço e dores no peito são os principais sinais da patologia.
Segundo a enfermeira Renata Gadelha, da Coordenação de Controle da Tuberculose da Secretaria de Saúde de João Pessoa, a população da capital pode encontrar assistência nas 180 unidades do Programa de Saúde da Família, espalhadas pela cidade. No local, elas terão assistência médica e remédios gratuitamente. Ela explica que, além de avaliação médica, os postos de saúde também oferecem medicamentos. “Apesar de ser contagiosa, a tuberculose deixa de ser transmitida de uma pessoa para outra 15 dias após o início do tratamento”, conta a enfermeira.
Apesar de receber a assistência médica, as pessoas não conseguem ficar totalmente curadas, porque desistem do tratamento. Isso ocorre porque o tratamento dura seis meses, mas 7% dos doentes de João Pessoa, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, deixam de tomar os medicamentos antes do fim do período.
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