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VIDA URBANA

Paraíba registra seis casos de Síndrome de Guillain-Barré, doença rara

Casos ocorreram apenas no cinco primeiros meses deste ano, enquanto em todo ano de 2014 foram registrados nove.

Publicado em 16/07/2015 às 16:22

Seis casos da síndrome de Guillain-Barré (SGB) foram registrados somente em 2015 na Paraíba. Conforme levantamento da Secretaria de Estado da Saúde (SES) feito no Sistema de Informação Hospitalar (SIH) e Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), dos seis casos confirmados da síndrome considerada rara, dois resultaram na morte dos pacientes. O seis casos ocorreram apenas no cinco primeiros meses deste ano, enquanto em todo ano de 2014 foram registrados nove casos.

Na maioria dos casos, a síndrome tem relação com infecções causadas por uma série de vírus, incluindo a dengue, zika (febre Zika), influenza (gripe) e HIV (Aids), ou da incidência de doenças como hepatites por vírus tipo A, B e C. O Ministério da Saúde acompanha junto aos estados os casos diagnosticados de Guillain Barré. Dessa forma, mesmo não se tratando de uma doença de notificação compulsória, conforme portaria, a SES, por meio da Gerência Executiva

A Síndrome de Guillain-Barré é uma doença autoimune que afeta a produção da mielina, a membrana que envolve os nervos e facilita a transmissão do estímulo nervoso. O distúrbio faz com que o paciente produza anticorpos contra sua própria mielina. Os nervos afetados ficam com a transmissão dos sinais que vêm do cérebro prejudicada, causando uma perda movimentos musculares. O cérebro também recebe menos sinais sensitivos do corpo, fazendo com que o paciente perca a habilidade de sentir o contato com a pele, dor ou calor.

Sintomas
Segundo informações do Ministério da Saúde, a maioria dos pacientes percebe inicialmente a doença por conta da sensação de queimação, dormência, formigamento ou coceira nas extremidades dos membros inferiores e, em seguida, superiores. Entre os outros sintomas estão dores na região lombar ou nas pernas; fraqueza progressiva, geralmente nos membros inferiores, braços, tronco, cabeça e pescoço; fraqueza facial ocorre na metade dos pacientes ao longo do curso da doença.

A intensidade pode variar desde fraqueza leve, que sequer motiva a busca por atendimento médico em nível primário, até tetraplegia completa com necessidade de ventilação mecânica por paralisia da musculatura respiratória acessória. O diagnóstico da SGB é primariamente clínico, feito por meio dos sinais e sintomas, e depois laboratorial. No entanto, exames complementares são necessários para confirmar a impressão clínica e excluir outras causas de paraparesia flácida.

O tratamento da doença é feito de duas formas, por antecipação e manejo do combate aos sintomas das doenças associadas à SGB, e pelo tratamento da progressão dos sinais e sintomas visando menor tempo de recuperação e minimização de déficit motor. Não há necessidade de tratamento de manutenção fora da fase aguda da doença. O tratamento específico da SGB tem como o principal objetivo acelerar o processo de recuperação, diminuindo as complicações associadas à fase aguda e os deficit neurológicos residuais a longo prazo.

Repasse de informações
O repasse das infomações de pessoas com suspeita da doença pode ser feito para a área técnica da vigilância epidemiológica por meio dos telefones 3218-7331, 3218-7381, 3218-7317, com os seguintes dados: nome do paciente, idade, endereço, telefone, municipio de residência, histórico recente de doença infecsiosa e se fez o tratamento adequado. Desde 2010, foram notificados 30 casos da SGB e registradas 17 mortes.

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Jornal da Paraíba

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