VIDA URBANA
Paraíba sofre com redução da caatinga
Pesquisa do IBGE revela que a Paraíba só conta com 11% da mata atlântica.
Publicado em 19/06/2012 às 8:00
A Paraíba só conta com 11% (75.641 hectares) da Mata Atlântica original do Estado, conforme dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na pesquisa 'Indicadores de Desenvolvimento Sustentável' ( IDS 2012). O estudo do IBGE revelou, ainda, que a caatinga também sofreu uma redução na Paraíba: até 2009 foi devastada uma área de 23.447 (45,7%) quilômetros quadrados, do total anterior de 51.357 km² existentes. Isso significa que apenas 54% desse tipo de vegetação ainda pode estar presente no Estado.
Segundo o superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis na Paraíba (Ibama), Bruno Eloy, o problema do desmatamento ocorre no interior, onde os agricultores que vivem de culturas de subsistência têm o costume de devastar as áreas – sem procurar autorização do Ibama.
“Eles desmatam áreas de preservação permanente, mas ao longo de vários anos o Ibama vem combatendo essa prática com operações de fiscalização", disse Bruno. Em João Pessoa, a assessoria de imprensa da Secretaria de Meio Ambiente (Semam) afirmou que a cidade foi a primeira do Brasil a dispor de um Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica – lançado e aprovado em novembro de 2010. O projeto realizou uma pesquisa para reconhecimento dos problemas e potencialidade de cada área verde e definiu ainda aquelas prioritárias para recuperação.
Conforme a assessoria, em 2011, a prefeitura também aprovou o Sistema Municipal de Áreas Protegidas (Smap), que está desenvolvendo ações como o cercamento das áreas verdes. A reportagem do JORNAL DA PARAÍBA entrou em contato com o coordenador de Estudos Ambientais da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema), Gerônimo Villas-Boas, a fim de saber as ações realizadas para proteger a mata nativa em nível estadual, mas, até o fechamento desta edição, não foi obtida resposta.
Comentários