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VIDA URBANA

Paraíba soma 12 mortes maternas nos primeiros meses deste ano

Números da Secretaria Estadual de Saúde (SES). De 2011 até abril de 2015, complicações no parto, antes ou após, fizeram 151 vítimas.

Publicado em 28/04/2015 às 6:00 | Atualizado em 14/02/2024 às 12:30

No passado, o problema da mortalidade materna era constante e corriqueiro na vida das mulheres. Mas se engana quem pensa que a tragédia tem estatísticas positivas nos dias atuais. Mesmo com os avanços tecnológicos na área de saúde, gestantes ainda sofrem com a falta de assistência qualificada. Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES), de 2011 até abril deste ano, 151 mulheres morreram na Paraíba vítimas de complicações no parto, durante ou após a gestação, e as estatísticas, que já são preocupantes, apontam um aumento. O Estado é o 5º do Nordeste em número de óbitos maternos.

Somente nos primeiros meses deste ano, 12 casos de morte materna já foram confirmados no Estado. O número se aproxima da metade do total de casos registrados em 2014, quando aconteceram 31 mortes. Já em 2013, que foi o ano que registrou mais casos dentre os últimos quatro anos, 40 mulheres morreram em virtude de complicações na gestação. Em 2012, foram registrados 36 óbitos e em 2011, 32 gestantes faleceram em virtude das mesmas complicações.

No Estado, segundo informações da SES, 96% das gestantes iniciam o pré-natal, mas apenas 67% continuam procurando o atendimento até o momento do parto, o que pode propiciar a ocorrência de problemas e dificultar o diagnóstico e a melhoria na saúde das mulheres. Pois, do total de mortes, 92% poderiam ser evitados se o atendimento gestacional acontecesse de forma adequada. As principais causas de morte materna são problemas de saúde simples, como a hipertensão e as hemorragias. Além disso, também são elencadas as falhas no atendimento, a demora na realização de exames e a peregrinação das gestantes em virtude da falta de leitos nos hospitais.

Enquanto a meta dos objetivos de desenvolvimento do milênio estipula uma quantidade de 35 óbitos para cada 100 mil nascidos vivos, a Paraíba registra 54 mortes para cada 100 mil, o que a gerente operacional de resposta rápida da SES avalia como preocupante. “A mortalidade materna é um grande problema de saúde pública, estamos com uma mortalidade que é quase o dobro do estipulado. Agora intensificamos a captura desses dados e constatando que temos esse grave problema a enfrentar, que é o óbito materno. Os municípios têm que estar atentos às suas gestantes durante o pré-natal inteiro, para que possamos diminuir essa triste estatística”, avaliou.

Debate de causas e soluções para o problema

O alto índice de mortalidade materna no Estado, e particularmente em Campina Grande, impulsionou o Ministério Público da Paraíba (MPPB) a debater as causas e soluções para o problema. O assunto foi discutido em uma reunião que aconteceu na manhã de ontem, no Ministério Público, em Campina Grande, e contou com a participação de gestores de saúde municipal das 42 cidades que integram a 3ª Gerência Regional de Saúde, assim como representantes da Secretaria Estadual de Saúde e do Comitê Estadual de Redução de Morte Materna.

A promotora de Defesa dos Direitos da Saúde em Campina Grande, Adriana Amorim, disse que o problema é preocupante e merece atenção redobrada dos órgãos de saúde. “Entendemos que o número de óbitos registrados no Estado é preocupante. As mulheres têm direito a uma assistência de qualidade desde os seus municípios de origem até onde vão para ter seus filhos”, afirmou Adriana Amorim.

Ainda segundo a promotora, o propósito do evento foi mostrar um panorama da mortalidade materna no Estado e com isso, junto aos secretários de saúde dos municípios que compõem a região de saúde sediada por Campina Grande, verificar e fortalecer a atenção básica para que o atendimento às gestantes seja feito com qualidade, com o número de consultas mínimas preconizado pelo Ministério da Saúde, que são seis, assim como os exames e outras necessidades das mulheres grávidas.

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Jornal da Paraíba

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