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VIDA URBANA

Paraíba tem 150 mil pessoas com epilepsia

Falta de políticas públicas e discriminação, também fazem parte do cotidiano de centenas de portadores de epilepsia na Paraíba.

Publicado em 04/05/2012 às 6:30


A Paraíba possui 150 mil portadores de epilepsia, segundo estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS). Além de sofrer com uma doença que afeta o sistema nervoso e causa convulsões, essas pessoas também são vítimas de discriminação e ausência de políticas públicas.

Mesmo com tratamento, 30% dos doentes não ficam curados e continuam apresentando as crises, que chegam a se repetir até três vezes por dia. A única alternativa para esses pacientes é uma cirurgia que custa R$ 30 mil e só é realizada nas cidades de Goiânia (GO) e Ribeirão Preto (SP).

O presidente da Associação de Portadores da Epilepsia da Paraíba, João Hércules Bezerra Gomes, explica que a cirurgia é coberta pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, o pagamento das despesas com transporte, hospedagem e alimentação de pacientes e acompanhantes só é autorizado após longos procedimentos burocráticos realizados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES).

Apesar de ser garantido pelo Ministério da Saúde desde 1996, o direito ainda é pouco conhecido no Estado. O motivo, segundo Hércules, é a falta de divulgação da cirurgia por parte do governo.

“Muitos pacientes recebem apenas o medicamento para controlar as crises, mas não sabem que existe uma cirurgia capaz de resolver esse problema”, conta.

De acordo com o neurocirurgião Rodrigo Marmo, a cirurgia só é indicada nos casos em que o paciente não responder ao tratamento medicamentoso. Ele explica que, em 70% dos casos, as crises convulsivas são evitadas com remédios e as pessoas conseguem levar uma vida normal.

“Podem dirigir e trabalhar e, se passar mais de dois anos sem ter nenhuma convulsão, são considerados curados e podem até deixar de tomar os remédios. Já nos outros 30% dos casos, mesmo com remédios, as convulsões continuam e o problema só se resolve com cirurgia”, enfatiza.

A OMS estima que a epilepsia atinja até 4% da população mundial. No Nordeste, esse percentual representa cerca de 2,12 milhões de pessoas, já que a população da região está estimada em mais de 53 milhões de habitantes pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apesar disso, o Nordeste não tem nenhum centro de referência para tratamento da doença. Dos 150 mil portadores paraibanos, estima-se que 45 mil precisem da cirurgia. Por conta disso, o médico Rodrigo Marmo solicitou à Assembleia Legislativa da Paraíba uma sessão especial para discutir o assunto.

A intenção dele é conseguir apoio dos deputados para convencer o Estado a capacitar hospitais e profissionais de saúde para realizar as operações de epilepsia na própria Paraíba, facilitando assim a cura dos doentes.

“Para o Ministério da Saúde, a cirurgia de epilepsia possui o mesmo valor que um transplante de órgão. Quando não conseguem controlar as crises, os pacientes ficam impedidos de trabalhar e precisam de um benefício do INSS”, declara.

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Jornal da Paraíba

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