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VIDA URBANA

Paraíba tem 257 hemofílicos em tratamento no Hemocentro

Hemocentro da Paraíba promove ações educativas em comemoração ao 'Dia Internacional da Hemofilia'.

Publicado em 18/04/2012 às 6:30

O Dia Internacional da Hemofilia foi comemorado ontem com ações de conscientização promovidas pelo Hemocentro da Paraíba nas cidades de João Pessoa e Campina Grande. Um levantamento da Secretaria Estadual de Saúde (SES) aponta que a Paraíba possui atualmente 257 hemofílicos cadastrados que recebem tratamento nas unidades do Hemocentro em todo o Estado. O objetivo da campanha é informar a população sobre a doença para estimular o diagnóstico precoce.

Em Campina Grande, a mobilização aconteceu na Praça da Bandeira, oferecendo serviços de saúde à população, como verificação de pressão arterial, teste de glicemia, além da distribuição de material educativo. Quem foi atendido também recebeu informações sobre a doença. “Eu tenho um filho pequeno e não sabia o que é hemofilia. Agora sei da importância de perceber os sinais da doença desde bebê e procurar um médico”, comentou a secretária Carolina Nóbrega, de 34 anos.

A ação de Campina foi realizada em parceria com uma faculdade particular. “Estamos fazendo um trabalho preventivo e de conscientização, informando sobre o diagnóstico da doença, além de oferecer serviços à população como teste de glicemia e verificação de pressão arterial”, informou Wladilene Nascimento, professora do curso de fisioterapia da Facisa. Cerca de 25 alunos participaram das ações na Praça da Bandeira.

De acordo com Sandra Sobreira, diretora-geral do Hemocentro, a Paraíba é um dos poucos Estados no país que faz o diagnóstico precoce da hemofilia, mas que a população precisa de informação para procurar o serviço. “O pai que nota um sangramento diferenciado na criança ou hematomas pelo corpo do bebê deve procurar o Hemocentro para evitar consequências mais graves. Com o início rápido do tratamento é possível evitar as sequelas”, garante.

Em João Pessoa, a data foi comemorada com palestras e atividades de recreação desenvolvidas com os hemofílicos na sede do Hemocentro.

Além do tratamento com a aplicação do fator de coagulação, o Hemocentro faz um acompanhamento com médicos hematologistas, dentistas, psicólogos, enfermeiros e assistentes sociais. “O acompanhamento dos hemofílicos é feito por uma equipe multidisciplinar para garantir uma melhor qualidade de vida.

É um trabalho contínuo, com consultas periódicas”, informou Mayara Duarte, coordenadora de assistência social do Hemocentro em Campina.

A doença é hereditária e não tem cura, afetando pessoas de todas as idades. Só no Hemocentro de Campina Grande, estão cadastrados 76 portadores de hemofilia. A mais nova tem apenas 8 meses de vida, enquanto o paciente com mais idade tem 54 anos.

Imagem

Jornal da Paraíba

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