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VIDA URBANA

Paraíba tem nove agências bancárias atacadas em apenas sete dias

Este ano, foram 20 casos de assaltos, explosões, arrombamentos e outras ações contra bancos.

Publicado em 04/03/2016 às 8:00

Ações violentas que desafiam a segurança pública e deixam a população acuada, os ataques a agências bancárias se tornaram recorrentes na Paraíba nos últimos anos. Postos de atendimento, caixas eletrônicos e bancos se tornaram alvo fácil para bandos fortemente armados, que atiram contra a polícia e aterrorizam cidades inteiras cotidianamente. Exemplo disso foram as explosões contra duas agências nas cidades de Massaranduba, no Agreste, e em Serra Branca, no Cariri, na madrugada de ontem, casos que elevaram ainda mais a estatística de ocorrências registradas contra as instituições financeiras no Estado.

Do início do ano até a madrugada do último dia 3, já foram 20 casos na Paraíba, dentre explosões, assaltos, arrombamentos, saidinhas e tentativas. Nove dessas investidas ocorreram em um intervalo de apenas sete dias. Pocinhos, no Agreste e João Pessoa foram as cidades mais visadas em 2016, e já contabilizam duas ocorrências cada. No total, foram seis casos em janeiro, dez em fevereiro e quatro em março – até a madrugada de ontem. Os dados são do Sindicato dos Bancários da Paraíba.
Em Massaranduba, na manhã de ontem, os moradores passavam pelo local só para ver o estrago feito ao banco, que embora não tenha sido a primeira vez que acontece, ainda causou susto. Uns comentavam que ouviram a explosão e os alardes durante a madrugada, enquanto outros iam embora desacreditados de que o problema um dia terá solução. Um comerciante que pediu para ter sua identidade preservada por medo de represálias disse que esse foi, no mínimo, o terceiro ataque à mesma agência. “Isso não tem jeito mais, eles chegam e fazem o que querem mesmo. A polícia nem sai pra ver, e muito menos a gente.”
Ainda conforme as estatísticas do Sindicato dos Bancários, houve um aumento no número de ataques a bancos e caixas eletrônicos na forma de arrombamento. Foram sete casos até agora, um aumento de 133%, pois 2015 registrou três ocorrências desse tipo no mesmo período. Desde que o levantamento começou a ser feito pelo órgão, em 2011, o ano de 2015 foi o que mais teve ataques, totalizando 132 casos.
O presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Marcos Henrique, falou que medidas de combate eficazes passam por investimento dos próprios bancos e mecanismos de segurança por parte do poder público, algo que, segundo ele, não vem acontecendo.
“Estamos cobrando da Secretaria de Segurança para que diga de que forma o serviço de inteligência está trabalhando, porque é preciso um monitoramento das divisas e a parceria com a polícia de estados vizinhos. Já os bancos, que deveriam investir em segurança, ameaçam fechar as agências, um absurdo, porque não podemos sucumbir à ação dos bandidos. Todo mundo tem que dar sua contribuição”, afirmou.
LEGISLAÇÃO
O presidente do sindicato ainda informou que vai enviar um ofício para a Assembleia Legislativa da Paraíba, solicitando que seja fiscalizada a execução de duas leis estaduais 9.954/2013 e 10.228/2013, que tratam de melhorias e exigências envolvendo a segurança dos bancos no Estado, foram aprovadas e sancionadas, mas não entraram em vigor.
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Jornal da Paraíba

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