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VIDA URBANA

Paraíba tem nove mil garimpeiros informais

Trabalhadores estão dispersos pela região do Seridó , condições de trabalho são precárias.

Publicado em 29/04/2012 às 11:38


O sonho de gerar riqueza a partir do trabalho com a terra passa pela cabeça de muitos trabalhadores. Mas, para os garimpeiros, isso é mais que um anseio, é uma tarefa diária que não se resume apenas à busca pelo ouro. Na região do Seridó do Estado, muitos paraibanos se dividem entre o trabalho na agricultura e nas minas de extração de quartzito e cristal de rocha. Segundo um projeto da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), coordenado pelo professor Antônio Pedro Ferreira Sousa, mais de 9 mil trabalhadores informais mal remunerados estão distribuídos em 17 municípios daquela região que corre o risco de sofrer consequências ambientais pelo trabalho desordenado.

“A informalidade é muito grande, o que continua depredrando um patrimônio que pertence a União. O que nós estamos buscando é trazer esses trabalhadores para a formalidade”, explicou o professor.

Desde 2008, o projeto Desenvolvimento da Pequena Mineração do Seridó Paraibano no Âmbito do Arranjo Produtivo Local, possibilizou a criação de 7 entidades nos municípios de Picuí, Várzea, Junco do Seridó, Frei Martinho, Assunção, Nova Palmeira e Pedra Lavrada; elas reúnem mineradores que dividem desde os custos, até os lucros da extração de quartzito. “Aquela área chega a alcançar 20 mil quilômetros quadrados, e isso dificultou muito o nosso levantamento. A maioria desses garimpeiros vive em condições de miséria, e nosso objetivo foi apresentar algumas alternativas para que eles tenham um aumento significativo de renda”, acrescentou Antonio Pedro.

Uma dessas possibilidades é a produção de mosaicos que aproveitam grande parte do mineral que é extraído. Além de diminuir o impacto ambiental, os trabalhadores podem ter um acréscimo em sua renda de mais de 1000%. “Nós podemos reduzir a zero as perdas, porque além de proporcionar uma transformação na maneira de lidar com os minérios, nós vamos inserir uma política de sustentabilidade para melhorar o nível de vida desses pequenos produtores", ressalta o pesquisador da UFCG, Antônio Pedro Sousa.

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Jornal da Paraíba

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