Paraíba tem o melhor desempenho do Nordeste em prova internacional

Karoline Zilah

A Paraíba teve o melhor desempenho entre os Estados do Nordeste no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa, sigla em inglês), que testa conhecimentos e habilidades em leitura, matemática e ciências. Os avaliados são alunos de 15 anos dos 34 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O Brasil não é integrante da organização, mas foi um dos 31 países convidados em 2009.

Apesar do resultado positivo, a Prova Brasil/Saeb do ano de 2009 mostrou que os alunos paraibanos concluem o Ensino Médio sem dominar conhecimentos em Português e Matemática.

Bem diferentes da Prova Brasil, os resultados das provas realizadas no ano passado pelo Pisa foram divulgados nesta terça-feira (7) em todo o mundo. Na Paraíba, a avaliação foi feita em 32 escolas, com a participação de 669 alunos.

A Paraíba teve as melhores avaliações do Nordeste brasileiro nos quesitos “Matemática” e “Ciências”, com médias de 376 e 389 pontos, respectivamente. No quesito “Leitura”, o desempenho do Estado só não foi melhor que o da Bahia. A média paraibana ficou em 390, dois pontos a menos que a média baiana, de 392.

Os Estados que receberam as piores avaliações na média geral tanto no Nordeste quanto no ranking nacional foram Alagoas, em último lugar, e Maranhão, em penúltimo.

Média brasileiras

Apesar de registrar melhora na educação, o Brasil segue entre os piores colocados em ranking internacional de ensino, No total, o Brasil obteve média 401, quando a média mundial obtida pela OCDE foi de 496 pontos. Foram avaliados 470 mil estudantes mundialmente, destes, 20 mil eram brasileiros.

A avaliação

A prova tem duração de duas horas e é formada por questões de múltipla escolha e perguntas abertas. Além disso, os estudantes respondem a questionários sobre a família e aspectos ligados ao aprendizado, como motivação, interesses e métodos de estudo. Diretores também fornecem informações sobre suas escolas.

O Pisa é realizado a cada três anos. A primeira avaliação, em 2000, envolveu 43 nações. Em 2003, foram 41 participantes e, em 2006, 57. A cada ciclo, o exame foca um domínio diferente - em 2009, foi a leitura.