Paraibano é condenado nos EUA por tentativa de estupro de criança

O comerciante paraibano Rafael Di Lorenzo Neto, de 39 anos, foi condenado a 20 anos de prisão, sendo 10 no regime fechado e 10 no regime condicional, por tentativa de estupro e tentativa de abuso sexual contra uma criança no estado da Flórida, nos Estados Unidos. A sentença saiu na segunda-feira (28), no condado de Orange, onde aconteceu o crime. Rafael foi preso em 2017, no Texas.

Uma parente da vítima, que também é paraibana e preferiu não se identificar, relatou ao portal G1 que o crime aconteceu quando a criança tinha 6 anos na época do crime, mas a descoberta só aconteceu dois anos depois. Rafael era amigo do pai da menina e era considerado pela vítima como um “tio”. “Quando a família teve conhecimento foi pelo relato da vítima, que mencionou que o tio havia dado banho nela. E a polícia levantou informações”, disse.

“Embora o mal não possa ser desfeito, estamos mais tranquilos em saber que por alguns anos ele não poderá causar tamanho sofrimento a outras famílias".

O advogado da família de Rafael, Reinaldo Muribeca, disse que a sentença de condenação foi lida após um acordo feito para evitar o julgamento. Ele alega que o paraibano é inocente, mas que não tinha como provar isso e que apenas existia a palavra dele contra a palavra da vítima.

"Ele só fez esse acordo por medo de um resultado pior, porém, até hoje não existem provas do crime. Mas também não possuía provas suficientes para rebater o depoimento da vítima", ressaltou Muribeca.

O advogado ainda explicou que os 10 anos de condicional aos quais ele foi condenado seriam cumpridos após o fim dos 10 anos em regime fechado. Porém, apenas se Rafael ainda estivesse legalizado no país norte-americano. Ele acredita que haja uma deportação após o período de reclusão.

Rafael Di Lorenzo Neto foi preso em 22 de agosto de 2017, no Texas, e depois foi transferido para o estado da Flórida. De acordo com as leis do estado, se ele fosse a julgamento e houvesse condenação pelo crime de abuso sexual contra crianças de menos de 12 anos, Rafael poderia pegar prisão perpétua ou pena de no mínimo 25 anos. Lá é considerado abuso sexual tocar as partes íntimas da vítima ou forçá-la a tocar as partes íntimas do suspeito. Já a condenação em casos de estupro de crianças com menos de 12 anos pode chegar à pena de morte.