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VIDA URBANA

Paraibano está entre os mortos de prédio que desabou no Rio de Janeiro

A paraibana Ana Flávia Pereira, de 36 anos e o filho, de três, estão desaparecidos. Ela é natural de Riachão do Poço, no agreste.

Publicado em 12/04/2019 às 18:24 | Atualizado em 19/04/2019 às 15:35


                                        
                                            Paraibano está entre os mortos de prédio que desabou no Rio de Janeiro
Desabamento de dois prédios na comunidade da Muzema, na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro, deixou mortos e feridos.. Fernando Frazão/Agência Brasil

				
					Paraibano está entre os mortos de prédio que desabou no Rio de Janeiro
Família está na lista de vítimas pelo desabamento no Rio de Janeiro. Foto: Arquivo pessoal/Facebook. Foto: Arquivo pessoal/Facebook

Apesar de uma família de paraibanos ter escapado por pouco da tragédia no Rio de Janeiro, a família do pastor Cláudio Rodrigues, 42 anos, que é natural de Serra Branca, no Cariri da Paraíba, não teve a mesma sorte. O paraibano está entre os mortos do desabamento dos prédios na comunidade Muzema, no Rio. Além dele, a esposa, que também é paraibana, e a filha, também foram atingidas pelos destroços. Cláudio era vice-presidente da Associação de Moradores da Muzema.

A jornalista Leila Oliveira, que é tia da vítima, disse que a família estava há apenas uma semana morando no prédio que desabou. Ela disse que após o desabamento, Cláudio chegou a ser socorrido e levado a um hospital particular, mas sofreu várias paradas cardíacas e não resistiu aos ferimentos.

A esposa e a filha do paraibano também estavam no prédio no momento da queda. A menina Cláudia Rodrigues, de 10 anos, fraturou a perna e após ter sido imobilizada, recebeu alta, segundo Leila. Em pior estado está a esposa de Cláudio, Adilma Rodrigues, que passou por procedimento cirúrgico na bacia e tem quadro clínico considerado grave. "Uma viga caiu sobre ela, o estado é muito delicado e estou acompanhando mais informações pelo grupo da família", explicou. Ela segue internada no Hospital Lourenço Jorge, no Rio.

Mortos e feridos

A lista de vítimas pode ainda aumentar, já que outros quatro paraibanos moradores dos prédios que desabaram estão entre os desaparecidos. Jeferson Trajano, de 28 anos, e sua esposa, identificada por Carla, de 30 anos, e dois filhos de seis e quatro anos ainda são procurados pelas equipes de busca.

Natural de Riachão do Poço, no agreste paraibano, Ana Flávia Pereira, de 36 anos, mora no Rio de Janeiro há cinco anos. Ela e o filho, uma criança de três anos, também estão sendo procurados pelas equipes do Corpo de Bombeiros. Segundo a irmã da vítima, Verônica Pereira, o marido de Ana Flávia saiu de casa minutos antes do desabamento, mas ela ficou com o filho.

Por volta das 23h da última sexta-feira (12), um menino de 12 anos havia sido resgatado com vida, após ter ficado preso por 15 horas nos escombros, mas o jovem morreu na manhã deste sábado (13). Hilton Guilherme Sodré de Souza é a sétima vítima fatal da tragédia. Outras 10 pessoas estão feridas e ao menos 13 são consideradas desaparecidas.


				
					Paraibano está entre os mortos de prédio que desabou no Rio de Janeiro
Foto: Bárbara Souza / CBN. Foto: Bárbara Souza / CBN

Escaparam

O paraibano José Carlos Dantas de Souza e sua família estão na lista de moradores dos prédios que desabaram na comunidade da Muzema, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, na madrugada desta sexta-feira (11). Eles escaparam da tragédia porque resolveram não passar a noite em casa, devido à lama que tomou a região após o temporal do início da semana.

Tragédia

A tragédia aconteceu numa região conhecida pelo domínio da milícia. Segundo a prefeitura do Rio, os prédios que desabaram estavam irregulares e tinham sido interditados em novembro do ano passado. Na ocasião, os fiscais do município precisaram do apoio da PM na operação por causa da presença de criminosos.

Até o fim da manhã desta sexta, duas mortes no desabamento estavam confirmadas, um homem e uma criança. Além disso, há registro de pelo menos 8 pessoas feridas. Destas, ao menos duas foram levadas de helicóptero para o hospital. Como a região é de difícil acesso, os bombeiros tiveram que fazer uma operação especial para tirar as vítimas sem pousar em nenhum lugar. Outros desaparecidos estão sendo procurados, mas não há balanço atualizado do número de pessoas.

Imagem

Angélica Nunes

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