VIDA URBANA
Paraibano vai pagar mais caro pela energia a partir do dia 29 deste mês
Energisa confirmou que haverá um reajuste da tarifa ainda este mês, mas não informou qual será o percentual. Sindeletric classifica aumento como abusivo para o bolso do consumidor.
Publicado em 16/08/2010 às 11:48
Jorge Barbosa
Com assessoria
Ainda este mês o preço da tarifa de energia elétrica em todo o Estado da Paraíba será reajustado. O ajuste foi autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e a Energisa, operadora paraibana do setor, confirmou que haverá uma alteração no valor da tarifa possivelmente já no dia 29 de agosto. Entretanto, a Energisa ainda não avisou de quanto será esse reajuste.
De acordo com o setor de comunicação da Energisa, a imprensa será convocada para uma entrevista coletiva dias antes de ser aplicada a alteração do valor da tarifa. De acordo com o gerente de comunicação José Carlos, o reajuste acontece anualmente, seguindo os índices da inflação e poderá ser para mais ou para menos.
Por outro lado, o Sindicato dos Eletricitários da Paraíba (Sindeletric) já classificou o reajuste como abusivo. De acordo com a nota distribuída para a imprensa pela entidade, apesar de ser um aumento autorizado pela ANEEL, esse reajuste é abusivo. “Já que a empresa passa a lucrar mais e os consumidores e trabalhadores da Energisa não ganham absolutamente nada, pelo contrário, são postos de atendimentos aos consumidores fechados, demissões em massa e baixos salários”, disse o vice-presidente Dráuzio Macedo.
De acordo com o Sindeletric, a tarifa de Energia paga pelos paraibanos hoje é 26° maior tarifa entre as mais de 60 empresas no Brasil que fornece energia elétrica. “Hoje o paraibano paga aproximadamente 42% a mais do que os consumidores de São Paulo. A ANEEL justifica o aumento, afirmando que o preço da energia tem que preservar a modicidade econômica e garantir a saúde financeira das empresas e é exatamente isso que acontece aqui na Paraíba, estado em que a Energisa obteve lucro de R$ 485 milhões líquido”, disse Dráuzio.
“Quando a empresa era estatal tinha aproximadamente 150 postos de atendimento ao consumidor, hoje após 10 anos de privatização, não passam de 25 postos. Consumidores chegam a percorrer mais de 70 km para receberem atendimento pessoalmente. Caso contrário, têm que apelar para o famoso Call Center”, afirmou Dráuzio.
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